Hinos 301-400

Voltar

301 302 303 304 305
306 307 308 309 310
311 312 313 314 315
316 317 318 319 320
321 322 323 324 325
326 327 328 329 330
331 332 333 334 335
336 337 338 339 340
341 342 343 344 345
346 347 348 349 350
351 352 353 354 355
356 357 358 359 360
361 362 363 364 365
366 367 368 369 370
371 372 373 374 375
376 377 378 379 380
381 382 383 384 385
386 387 388 389 390
391 392 393 394 395
396 397 398 399 400


301 - SUA HUMANIDADE (I-1174; CS-132) -

1 Que vitória! Que triunfo!
Deus aqui se revestiu
Da humana natureza
E Seu plano assim cumpriu.
Destruiu na cruz o diabo;
Como homem ressurgiu!

2 Tendo humanais virtudes,
Ao sutil, Jesus prendeu;
E, do tentador, as provas,
Como homem as venceu.
Hoje, Ele e tais virtudes
Tomo no espír'to meu.

3 Sua fina vida humana
No Espír'to se incluiu;
As virtudes elevadas
Ao Espír'to Ele adiu.
Oh! que Espír'to abundante
Para o homem Deus supriu!

4 Misterioso! Mas mui vero!
Há tal Homem dentro em mim;
Para meu viver humano,
Vive e se expande em mim.
Aleluia! Aleluia!
Dou-Lhe meu louvor sem fim!

5 Admirável! Glorioso!
Deus na carne a se mostrar!
Sua humanidade hoje
Vem Seu Corpo expressar.
Sua vida humana tenho
Para a igreja edificar.

302 - DESFRUTÁ-LO (I-1153; CS-202) -

1 Já encontramos Cristo que tudo é,
Nossa provisão total;
Como é bom Seu nome invocar,
Quão glorioso e divinal!

Alegria inefável, cheia de glória,
Cheia de glória, cheia de glória!
Oh! alegria inefável!
Dela nem metade pode-se falar!


2 Cristo agora é o Espírito,
Que em nosso espír'to está;
Oh! quão disponível Ele é,
Seu dulçor é singular!

3 Pra vivê-Lo, vamos ler-orar
E Seu nome invocar;
Desfrutando o Senhor assim,
Nada nos irá faltar.

4 A igreja achamos: nosso lar,
Temos tudo nesse lar;
Nunca mais em Babilônia estar,
Aqui vamos habitar.

5 Com os santos reunir é bom,
Que alegria! Que sabor!
Ansiedades não teremos, pois
Nossa vida tem valor.

303 - DESFRUTÁ-LO (I-1152; CS-201) -

1 Jesus a cada dia atrai o nosso coração;
Ele é mais refrescante que o orvalho da manhã.
Nem as mais belas línguas Seu valor entoarão,
Pois cada dia mais precioso que antes Ele é!

Tesouro inestimável! Quão insondável é!
E cada dia mais precioso que antes Ele é!


2 Ao vê-Lo na igreja, Sua glória em nós raiou;
Aqui há Seus tesouros, nossa busca terminou!
O anelo em nosso espírito, a resposta encontrou:
Achamos o que cada dia mais precioso é!

3 Ele é o Espír'to vivo que em nós veio habitar,
E por Seu doce ungir faz Sua vida em nós jorrar.
Na reunião o nosso espír'to livre vai alçar,
Pois hoje mais precioso do que ontem Ele é!

4 Consigo fez-nos um, pra Sua igreja restaurar,
E Sua plenitude no universo expressar.
Sim, o que temos, o que somos, vamos derramar
Por Seu eterno plano, mui precioso para nós.

304 - REVELADA NO LIVRO DE HEBREUS -

1 Vemos em Hebreus que Deus falando no Seu Filho está,
E por tal falar a nós Se revelou;
Um Deus antes misterioso, hoje quer Se expressar -
Aleluia! em Seu Filho Deus falou!

Cristo é o Filho amado,
Nele, Deus nos tem falado,
E assim Se revelado;
Aleluia, Ele é o próprio Deus!


2 Como Filho, Cristo é aos anjos muito superior,
Pois a qual dos anjos "Filho" Deus chamou?
São os anjos criaturas, mas o Filho, Criador,
E mais excelente nome já herdou!

Expressão do Pai é o Filho,
Sua imagem é o Filho,
E da Sua glória o brilho;
Tudo, Cristo com o Seu falar sustém.


3 Como Apóstolo, é Cristo retratado por Moisés,
Vindo para Deus conosco partilhar;
E da vida, natureza e plenitude divinais
Fez-nos para sempre assim participar.

De Moisés está acima,
Digno de mais alta estima,
Cristo, Apóstolo de cima,
Que fiel foi ao que O constituiu!


4 Como Sumo Sacerdote, é bem superior a Arão,
Grande, vivo e perpétuo, a nos salvar;
Como Josué real é Capitão da Salvação,
Faz-nos no descanso verdadeiro entrar.

Sacerdote compassivo,
Que nos leva ao Deus bendito,
Nosso Líder invencível,
Cristo, nosso verdadeiro Josué!


305 - COMO O TABERRNÁCULO E AS OFERTAS -

1 Cristo é tipificado
pelo tabernác'lo -
Nele o próprio Deus aqui
veio entre nós morar;
Hoje não só contatamos
Deus e O tocamos,
Mas podemos Nele
também entrar.

É Cristo o tabernác'lo,
vindo a nós co'o próprio Deus,
Concreto, acessível,
Se revelando aos Seus;
Gozamos Nele suprimento,
luz e comunhão dos céus,
Que insondável riqueza é!


2 Cristo, sendo o tabernác'lo,
Nele nós entramos;
Cristo, sendo as ofertas,
entra em nós então.
Quando O comemos,
no espír'to O tomamos -
É maravilhosa
tal comunhão!

É Cristo as ofertas,
que podemos desfrutar;
Conosco, dessa forma,
mesclado Ele está.
Em Deus estamos, oh! que bênção!
Deus em nós também está;
Como é perfeita tal união!


306 - REAVIVAMENTO MATINAL -

1 Nesta manhã, Senhor,
Vem-me reavivar;
Aquece, pois, meu interior,
Anelo Te provar.

2 Tua palavra sã
Minha oração será;
Mesclar-Te-ás comigo, então;
Gozo maior não há!

3 Hoje, em meu andar,
Sê graça e poder;
Maz-me guardar o Teu falar,
Para vitória obter.

4 Nesse desfrute, então,
Posso de Ti falar,
Profetizar nas reuniões
E o Corpo edificar.

5 Quero Te oferecer
Frutos de vida, enfim;
Em meu viver, Tu hás de ser
Engrandecido assim.

307 - DIVERSOS (I-597) -

1 Eu sei que vive o Redentor,
A interceder por mim;
Sinal de liberdade e amor
Já concedeu a mim.

2 Eu sei que vive o Redentor,
Espírito real;
Eterna vida Ele dá -
Oh! graça sem igual!

3 Vem sempre me encorajar
E salvação trazer;
Com Ele perto, livre estou,
E logo O hei de ver.

4 Santificar-me Ele quer,
Que O impedirá?
O Seu querer de graça em mim
Por certo cumprirá.

5 Jesus, confio em Teu falar:
Mui breve voltarás;
O Teu chamado ouvirei,
E me receberás.

308 - DIVERSOS -

1 Ao Senhor Jesus louvemos,
Pois do mundo nos chamou;
Do império vil das trevas
Com poder nos libertou.
Aleluia! no Jordão jaz
Morto nosso velho ser;
Em ressurreição iremos
Nova vida em Cristo ter.

2 Vamos ser os seguidores
Do Cordeiro aonde for,
Em verdade, adoradores,
Vasos que honrem o Senhor.
Para o mar da Galiléia
Não queremos retornar;
Ao Primeiro em nossa vida
Tudo o mais Lhe confiar.

3 Buscaremos dia a dia
No Senhor permanecer;
Não em leis ou velharias,
Mas só a Cristo aprender.
Oh! saiamos do aprisco
Pra nos pastos repousar.
E gozar viver em Cristo,
Dele sempre desfrutar.

4 Nos mantém, Senhor, na igreja,
Sendo o sal que tem sabor,
Sustentando sempre acesa
Nossa luz no velador.
Boa obra em nós, confiamos,
Que por certo vais findar.
E, vencendo, almejamos
Teu padrão, pois, alcançar.

309 - A EXPERIÊNCIA DE DEUS COMO VIDA (I-602; C-443) -

1 Oh! que santo, glorioso!
Deus é vida eternal!
Sem limites, poderoso,
Pleno, puro e real!
Sua luz, amor, riquezas,
Tem tal vida divinal.

2 Oh! que amável, gracioso!
Deus qual vida se nos dá!
Fez em nós o espír'to humano
Pra Seu plano executar.
Seu prazer e Seu desejo
É no homem habitar.

3 Oh! que amor e graça imensa!
Deus qual vida vem fluir!
Não está mais escondido,
Mas a nós vem se exibir:
Fez-se carne, fez-se Espír'to,
Para vida nos suprir.

4 Acessível! E tão perto!
Deus em Cristo, vida é!
Cristo é o Deus encarnado,
Que se dá a conhecer.
Morto, ressurgiu e agora
Nossa vida veio ser.

5 Maravilha! Como Espír'to,
Deus qual vida vem se dar!
E ao homem, dessa forma,
Ele vem se revelar;
Convencendo-o, inspirando-o,
Dentro dele faz Seu lar.

6 Quão glorioso! Quão precioso
Ver o Deus Triúno aqui!
O Pai veio em Seu Filho,
No Espír'to o Filho flui.
Qual Espír'to vem a nós e
Sua vida atribui.

7 Misterioso, mas mui vero!
Deus agora flui em mim!
E comigo, em unidade,
Minha vida é assim.
Aleluia! Aleluia!
Dou-Lhe meu louvor sem fim.

310 - A EXPERIÊNCIA DE DEUS COMO VIDA (I-602; C-443) -

1 Meu espír'to possui viva fonte que flui -
Deus Triúno fluindo sem fim;
Manancial é Deus Pai; Cristo, o Filho, o jorrar;
E o Espírito dá vida a mim.

Como amo esse doce fluir,
Faz-me a vida da alma negar;
Faz crescer tal fluir, ó Senhor,
Té a coroa da vida eu ganhar.


2 Nas pastagens, Jesus ao repouso conduz,
Junto às águas me faz descansar;
Não mais lutas então, nem esforços em vão -
No fluir Sua bênção vem dar.

3 Para o véu adentrar, e com Ele habitar,
Para isso o Senhor me chamou;
E me disse assim: "Permanece em Mim" -
Da videira um ramo eu sou.

311 - COMO LUZ (I-1197) -

Deus é luz, não há Nele treva alguma - jamais!
Como é bom diante Dele estar!
Oh! de todo o pecado, um constante limpar
Temos nesta luz!

Irmãs: Se na luz
Irmãos: Sempre andamos,
Irmãs: Comunhão
Irmãos: Desfrutamos;
Irmãs: Eis o sangue
Irmãos: De Jesus,
Todos: Seu Filho, a nos limpar.

Irmãs: Deus é fiel,
Irmãos: Nos perdoa;
Irmãs: Justo é,
Irmãos: Confessemos.
Irmãs: Dos pecados
Irmãos: Somos limpos!
Todos: Oh! que gozo e paz!

312 - COMO PASTOR (C-444) -

1 O amado Deus é meu Pastor,
Conduz-me, vem-me apascentar;
É Ele meu e Dele sou,
E nada há de me faltar.

2 Nos pastos faz-me repousar,
Ele me dá satisfação;
Às águas calmas faz-me vir
A descansar em comunhão.

3 Só me perdi, vaguei, errei,
Mas Ele sempre me guiou;
Tão vacilante sempre fui,
Mas em Seu nome me levou.

4 Quão negra é a escuridão,
Sem proteção, oh! como andar?
Mas Sua vara me sustém,
Comigo sempre estará.

5 Faz-me gloriar co'intrepidez,
Graça ante os rivais me dá,
Me unge a cabeça e eis
Meu cálice a transbordar.

6 Até o fim seguir-me-á
O Seu maravilhoso amor;
Sim, Seu amor não mudará,
E aumentarei o meu louvor.

313 - COMO O QUINHÃO ETERNO (I-600; C-441) -

1 Meu Deus, meu Tudo, meu Amor,
Quinhão eterno meu,
Ninguém mais tenho além de Ti
Na terra ou no céu.

2 Oh! tudo nesta terra é vão,
Vazios são os céus!
Que há que possa me alegrar?
Que é igual a Deus?

3 De Ti me vêm amigos, bens,
Saúde, habitação;
Por essas coisas graças dou,
Porém, meu Deus não são.

4 Oh! como tudo isto é vão
Se comparado a Ti:
Amigos, bens, habitação
E bem-estar aqui.

5 Se fossem meus a terra, o mar,
E estrelas mil nos céus,
Seria ainda um infeliz,
Sem Tua graça, ó Deus.

6 Que queiram outros abraçar
O mundo todo aqui;
Visita-me em Teu favor,
É só o que peço a Ti.

314 - PELA TRINDADE (I-608; C-447) -

1 O Trino Deus - mistério insondável -
É três, mas em essência é um só!
Glorioso Deus, no Filho, pelo Espír'to,
É nosso tudo, pois entrou em nós.

O Trino Deus agora é tudo em nós!
Glorioso é! Que superior!
Tal Dom divino, como esgotar -
Que singular! Que esplendor!


2 Quão rico o Pai, manancial profundo,
E tal riqueza quer ao homem dar!
Oh! que porção inexaurível, vasta,
Que hoje e sempre vamos desfrutar!

3 O Filho é a expressão de Deus Pai,
Que se encarnou e entre nós morou;
Quão eficaz a obra redentora:
Com Deus, o homem unidade achou!

4 O Filho se transfigurou no Espír'to,
Que em nós entrou qual vida a nos suprir;
E se mesclou, em plena unidade,
O Espír'to com o nosso espír'to aqui.

5 Oh! nosso Deus agora é o Espír'to,
Podemos hoje experimentar!
Com Deus assim nós somos um espír'to,
Em vida um, pois distinção não há!

315 - PELA TRINDADE (I-609; C-448) -

1 Por Teu mistério, louvo a Ti,
Pois posso contatar-Te, ó Deus;
Inacessível eras Tu,
Mas como Espír'to estás no meu.

2 Pra sempre, ó Triúno Deus,
És minha vida e porção;
Pra Tua natureza eu ter
Em mim és plena provisão.

3 O Deus Triúno Espír'to é,
Vem como sopro e vento a mim;
Mistério da Deidade, pois,
Vou experimentar assim.

4 O próprio Pai e o que Ele tem
No Filho concentrado está;
Do Filho as riquezas vou
Por Seu Espírito ganhar.

5 Vem o Espír'to sobre mim,
E entra no espír'to meu;
Porção bendita para mim
É Ele, o Pai no Filho Seu.

6 O Pai é o manancial,
O Filho, Sua expressão,
E o Espír'to, o fluir,
Realidade minha então.

7 O Pai no Filho veio aqui,
Deus quis ao homem Se mostrar;
E qual Espír'to o Filho em mim
Me faz a Deus apreciar.

8 O Filho a primazia tem,
No plano eterno de Deus Pai;
E para tudo encabeçar,
Tem por Cabeça a Deus Pai.

9 O que o Espír'to hoje quer
É ao Senhor glorificar,
E O revela para mim,
A fim de Cristo eu atestar.

10 És o Espírito em nós
Visando adoração obter;
Devo no espír'to Te tocar,
E desfrutar Teu rico ser.

11 Se no espír'to eu andar,
Viver, orar, Te adorar,
O Santo Espír'to tocarei
E sempre vou Te desfrutar.

316 - EXERCITAR O ESPÍRITO (I-612; C-451) -

1 Deus deseja vir suprir-me
Com Seu pleno ser;
Eu com Ele no espír'to
Devo unido ser.

Deus flui com reais riquezas
No Espír'to Seu;
Para conhecê-Lo, uso
O espír'to meu.


2 Sua rica natureza
Dada foi a mim;
Para vê-la, no espír'to
Vou tocá-Lo assim.

3 Vou no espírito tocá-Lo,
Na mente entender;
Não usando o espír'to,
Pobre então vou ser.

4 Quando ouço as mensagens,
Tenho de orar,
Digerindo, no espír'to,
Todo o Seu falar.

5 Na Palavra só há vida
Se eu O tocar;
Não usando meu espír'to,
Morte haverá.

6 Que riquezas e que glória
No Espír'to há!
Quando uso meu espír'to
Tudo meu será.

317 - POR MEIO DO ESPÍRITO COMO A TRANSMISSÃO (I-610; C-452) -

1 De Deus, o Espír'to é o fluir,
Nele Deus hoje entra em nós;
É Nele que, em Cristo, Deus
Pode provado ser por nós.

2 Manancial é Deus, o Pai,
Deus Filho, Sua expressão;
Deus, como Espír'to, entra em nós,
Para ser tudo a nós então.

3 Na luz, o Pai oculto está,
O Filho aos homens O mostrou;
O Espír'to no-Lo transmitiu,
E dentro em nós O revelou.

4 No Pai o Filho Seu está,
E o Espír'to hoje é;
O Deus Triúno em nós está,
É um conosco pela fé.

5 Deus como o Pai, no Filho Seu,
Carne se fez e Se expressou;
Do Filho a realidade é
O Espír'to, que em nós entrou.

6 Venha o amor de Deus, o Pai,
Na graça do Deus Filho então,
Por comunhão do Espírito -
Eis nossa divinal porção.

318 - A COMUNHÃO COM ELE (I-614; C-453) -

1 Mais perto quero estar,
Meu Deus de Ti,
Inda que seja a cruz
Que me una a Ti.
Sempre hei de suplicar:
"Mais perto quero estar,
Mais perto quero estar,
Meu Deus, de Ti."

2 Quando a peregrinar,
Pôs-se o sol;
Tomei por leito o chão,
Cansado e só.
À pedra, sonharei,
De Ti perto estarei,
Mais perto estarei,
Meu Deus, de Ti.

3 Ali me abre o céu,
Oh! faz-me ver
O que me concedeu
Tua mercê.
De Ti, mais perto, ó Deus,
Me levam anjos Teus,
De Ti, mais perto, ó Deus,
Meu Deus, de Ti.

4 A pedra de pesar,
Na qual dormi,
Em lar de Deus, Betel,
Vou erigir.
As provas fazem-me
Mais perto estar de Ti,
Mais perto estar de Ti,
Meu Deus, de Ti.

319 - O CAMINHO DA CRUZ O SIGNIFICADO DA CRUZ (I-622; C-461) -

1 Se a cruz tomarmos nós, iremos dor sofrer?
Não vamos só sofrer; por certo até morrer.
O que ela representa é o nosso aniquilar;
Prová-la faz o "eu" crucificado ser.

2 Divina liberdade vem mediante a cruz.
Cruel parece ser, mas que libertação!
Da cruz, se escaparmos, Cristo não irá,
Ser nossa vida, nem em nós ter expressão.

3 A cruz tem como alvo o querer de Deus,
Mas nosso ego se opõe a tal querer.
Negada a vida d'alma, morto o nosso "eu",
O que Deus planejou irá prevalecer.

320 - O GANHO POR MEIO DA PERDA (I-626; C-458) -

1 Sem premir-se a azeitona,
Óleo não dará;
Não se comprimindo as uvas,
Vinho não destilará.
Nardos, só quando esmagados,
A fragrância têm;
Fugirei dos sofrimentos
Que do Teu amor provêm?

2 Tu precisas compungir-me
Para obter louvor?
Para tal será preciso
O tratar do Teu amor?
Privação, Senhor, não temo,
Se a Ti me levar.
Plenamente eu me rendo
Para Teu amor provar.

Os sofrimentos
Ganho são pra mim.
Em lugar do que me tomas,
Tu, Senhor, Te dás a mim.


3 Envergonho-me do esforço
De me resguardar.
Inda que tens-me esculpido
Eu resisto ao Teu tratar.
Pelo Teu querer, Senhor, vem
Trabalhar em mim;
Não segundo meus desejos,
Faz o que Te apraz assim.

4 Apesar do que eu penso,
Cumpre Teu querer;
Se Teu gozo traz-me dores,
Inda vou "amém" dizer.
Mesmo a sofrer, almejo
Sempre Te agradar;
Mesmo que Teu gozo e glória
Façam-me a cruz tomar.

5 Mesmo em lágrimas, Te louvo,
Tenho em Ti prazer;
Cada dia és mais doce,
Graças, pois, vou Te render.
És a mim o mais precioso,
Que mais tem valor?
Que Tu cresças e eu decresça,
Rogo hoje a Ti, Senhor.

321 - O CAMINHO DA VIDA (I-631; C-464) 321 -

1 Se ressurreição anelo,
Devo a cruz de Cristo amar;
Do morrer procede a vida
E da perda, o ganhar.

Sem morrer não há
A ressurreição;
Do morrer procede a vida
De ressurreição.


2 Para Cristo em mim formar-se
Devo aniquilado ser;
Morre a vida da minh'alma,
Se eu em Sua cruz viver.

3 Pelo Espírito eterno
Deus me vem na cruz pregar;
Atuando então a morte,
Pode a vida transbordar.

322 - A Maneira de frutificar (I-636; C-466) -

1 "Se morrer o grão de trigo",
Disse o Senhor,
"Se morrer, dá muito fruto",
Disse o Salvador.

2 Para outros terem vida
Deves tu morrer;
Cai na terra, sepultado,
Vai ali jazer.

3 Mas o teu Senhor, na morte,
Não te deixará;
E em nova vida e glória
Te ressurgirá.

4 Do Senhor, tal senda estreita
Queres tu trilhar?
Ao passares pela morte,
Vida vais ganhar.

5 Sem morrer não há a vida,
Deves aprender;
Duma vida derramada,
Messe vais colher.

323 - A Maneira de Frutificar (I-635; C-465) -

1 Vamos contemplar a vide,
Sua vida aprender:
Cresce em meio a sofrimentos,
Rispidez a padecer.
Não quais flores que, selvagens,
Crescem sem limitação;
Mas em dédalo confuso,
Contorcida, em restrição.

2 Mas as flores da videira
Não têm glória, ostentação;
Mesmo com certa aparência,
Raramente vistas são.
Certo dia, já floridas,
Frutos tornam-se também;
Nunca ostentam as corolas
Luxo ou primor, porém.

3 Amarrada a um esteio,
Livre, já não crescerá;
Quando estende a ramagem,
À treliça se atará.
Em terreno pedregoso,
Dele tira seu suprir;
Nunca escolhe seu caminho
Nem de apuros vai fugir.

4 Oh! quão belo é seu verde,
Que na primavera há;
É da vida a energia
Que o crescimento dá.
Té ser cheia de raminhos
Que se torcem cá e lá,
Sob o céu azul se estendem,
Provam docemente o ar.

5 Mas o mestre da videira
Sem clemência logo vem,
Despe com tesoura ou faca
A roupagem que ela tem.
Não se importa se é tenra,
Golpes dá com precisão;
E os ramos excessivos,
Já na vide não estão.

6 Nessa hora de ruína,
Ousa ter de si pesar?
Antes, ao que assim a fere,
Totalmente, pois, se dá.
A mão que lhe despe os ramos,
Tira seu primor sem par,
Para que não gaste a vida
E, sim, para frutos dar.

7 Cada broto mutilado,
Antes tenro, endureceu;
Cada ramo aí deixado
Muitos cachos forneceu.
Então sob o sol ardente,
Cada folha seca e cai,
E os frutos, té a ceifa,
Madurecem mais e mais.

8 Galhos curvam-se de frutos
Que os fazem descender;
É o labor do crescimento
Mediante seu sofrer.
Com os frutos já maduros,
Consolada a vide está?
Não. A messe se aproxima,
Tal consolo fugirá.

9 Mãos apanham, pés esmagam
A riqueza que ela deu;
Té que do lagar provenha
O fluir do vinho seu.
Dia a dia, flui contínuo,
Rubro, puro ao paladar;
Jorra livre, doce, rico,
Para a todos alegrar.

10 No aspecto, a videira,
Nua, pobre, só, ali,
Tendo entregado tudo,
Em silêncio vai dormir.
Quem irá recompensá-la
Pelo vinho que proveu?
Antes, mais podada ainda,
Se reduz ao tronco seu.

11 O seu vinho no inverno
É mui doce, traz calor
Aos que tremem, passam frio,
São premidos pela dor.
Mas lá fora, só, a vide
Entre neve e gelo está;
Firme, seu quinhão suporta,
É difícil decifrar.

12 Foi-se o frio, vai a vide
Novamente produzir;
Com renovos já brotando,
Verde volta a vestir.
Não murmura, não reclama
Do abuso invernal,
Nem reduz a sua oferta
Por sofrer tamanho mal.

13 Respirando o ar celeste
Alto os braços vai alçar;
Impurezas desta terra
Não a vão contaminar.
Com sorriso logo enfrenta
Nova poda do amor,
Como se jamais sofrera
Perda, restrição ou dor.

14 Flui dos ramos da videira
Seiva, sangue, vinho seu;
Ficará mais fraca ou pobre
Com as perdas que sofreu?
Bebedores, andarilhos,
Seu prazer da vide vem;
Mas vão acordar mais ricos
Pelo gozo que eles têm?

15 Não por lucro, mas por perda
É medida a vida aqui;
Não por vinho que bebemos,
Pelo que vertemos, sim.
Pois nos nossos sacrifícios
Firma-se o poder do amor;
Compartilha mais com outros
Quem sofreu lesão maior.

16 Quem consigo é mais severo,
Pode mais a Deus ganhar;
Quem se fere e paga o preço,
Pode outros consolar.
Quem dos sofrimentos foge
É qual "bronze a soar";
Quem não poupa a própriavida,
Tem o gozo que é sem par.

324 - Seguir o Caminho do Senhor (C-468) -

1 Se um pouco só me desviar,
Mais leve andarei;
Porém me lembro que o Senhor
Fiel foi no sofrer.

2 O mundo já deixei de vez,
Seus laços já cortei;
A trilha, estreita ficará,
Oposição terei.

3 Com raiva muitos olham-me,
Mas busco o Seu olhar;
Almejam glória exterior,
Mas eu, Seu elogiar.

4 Não busco fama exterior,
Nem lucro hoje obter;
Eu, antes, sirvo ao meu Senhor,
Seu galardão vou ter.

5 O tribunal de Cristo eu
Já antevejo aqui;
Que minha vida, meu labor,
Resista ao fogo ali.

6 Reputação, amigos, bens
Tu podes possuir,
Ter glória, nome, honradez
E muitos após Ti;

7 Mas pobre e só prefiro ser,
Ditoso, rico não;
O que desejo é O seguir,
Fiel no coração.

8 O meu Senhor só teve aqui
A cruz e nada mais;
Só quero como Ele ser,
Perdendo tudo o mais.

9 Eis minha glória no porvir,
Paciente devo ser;
Não posso antes Dele aqui
Prosperidade ter.

10 Mi'as lágrimas enxugará,
Coroa ganharei;
Assim té meu Senhor voltar,
Fiel jornadearei.

325 - A Vida de Ressurreição O Próprio Cristo (I-639; C-472)

1 Morte não vence a vida em ressurreição,
Que é de Deus a vida e expressão;
Vida incriada, indelével é,
O próprio Cristo invencível é.

2 Morte não vence a vida em ressurreição,
Nem que seus dardos contra ela vão;
Seus vis ataques só darão lugar
Para o poder da vida se mostrar.

3 Morte não vence a vida em ressurreição -
Quanto mais morto, mais produz o grão;
Os sofrimentos fazem-na crescer,
Frutos de vida abundante ter.

4 Morte não vence a vida em ressurreição:
Vencê-la as barreiras não irão;
Pois morte e Hades ela conquistou,
Sobre o poder das trevas triunfou.

5 Morte não vence a vida em ressurreição,
Que é de Deus a plena expressão;
Justiça e santidade introduz,
De Deus a imagem ela em nós produz.

6 Oh! que eu conheça a vida em ressurreição,
Que traga a morte em cada situação,
E na experiência perceber:
Meu Cristo vivo essa vida é!

326 - ENCORAJAMENTO PARA VIGIAR (I-666; C-486) -

1 Vigia! a noite finda!
Não vás o mundo amar;
Logo o dia raia,
Não vás dormitar.
Vigia, pois em breve
Cristo, o Senhor, virá!
Muitos ataques chegam,
Deves vigiar.

2 Vigia e dispõe-te,
Mesmo que trevas há;
Vigia e labuta,
Perto o fim está.
Veste a armadura,
Em guarda te mantém!
Resiste ao diabo!
Cristo breve vem.

3 Vigia, pois desponta
A Estrela da Manhã!
Vigia e busca o reino,
Pois sinais já há!
Sê vigilante sempre,
Té a noite se findar,
Té que alvoreça a glória!
Té o Senhor voltar.

327 - PARA DESCANSAR NO SENHOR (I-652) -

1 Sossega, ó alma em aflição;
Teu Pai disciplinar-te quer.
Calada, ouve a Deus, então,
Té que te molde ao Seu querer.

Sossega, ó alma em aflição,
Não temas, pois teu Pai te abraça;
Deixa o que queres, toma a cruz,
Permite que o Senhor te molde em graça.


2 Ó alma ansiosa, os fardos teus
Depõe ao escutá-Lo assim:
"Sossega e sabe que sou Deus,
Põe todo o teu cuidado em Mim."

3 Sossega, ó alma em temor,
E tem bom ânimo em Deus,
Que diz a ti: "Contigo estou,
Não temas, pois sou Eu, sou Eu!"

4 Sossega, ó alma a interceder,
Deus é fiel no que falou;
Submissa, imerge em Seu querer,
Paciente, espera no Senhor.

5 Espera, ó alma, forte sê;
Confia se Ele demorar,
Não tardará, tu podes crer;
Não temas, breve irá voltar.

328 - PARA CORRER A CARREIRA (I-1206; CS-424) -

1 Há à nossa frente uma carreira,
Um caminho para triunfar;
E Deus já nos ordenou - Aleluia:
"Firmemente pra Jesus olhai!"

Firmemente, pois, olhai
Pra Jesus e nada mais.
Não olheis ao derredor - Aleluia!
Mas somente para Ele olhai.


2 Nunca para confusões, para lutas,
Para tudo ao redor olhar;
Mas só para onde há paz - Aleluia,
Firmemente para Ele olhar.

3 Nunca para a alma instável, mesquinha,
Para o ego vil, caído, olhar;
Mas somente para o alvo - Aleluia,
Firmemente para Ele olhar.

4 Nunca para as coisas que já passaram,
Nem pecado, bem ou mal olhar;
Só a Cristo se apegar - Aleluia,
Firmemente para Ele olhar.

5 Para Sua face olhar firmemente -
Boa obra em nós há de findar;
Oh! que graça é correr - Aleluia -
Para Ele olhando, e triunfar.

329 - PARA COMUNHÃO COM O SENHOR (C-476) -

Na luz quero viver,
Com Deus ter comunhão,
Seu rosto contemplar,
No espírito andar.
De glória em glória, então,
Na luz, transformação,
Em mim há de ocorrer.

330 - O CONSOLO NAS PROVAÇÕES PELO NOME DO SENHOR (I-670; C-498)

1 Leva tu contigo o nome
De Jesus, o Salvador;
Este nome dá conforto,
Hoje, sempre e onde for.

Nome bom! Doce é!
Esperança do porvir!
Nome bom! Doce é!
Esperança do porvir!


2 Leva sempre este Nome
Qual escudo em tua mão;
Se as tentações te cercam,
Toma o Nome em oração.

3 Oh! que Nome precioso!
Faz a alma exultar;
Do Pai, as misericórdias,
Nós podemos desfrutar.

4 Tu, curvado ante o Nome,
E aos pés do Teu Senhor,
Clama: Nome vitorioso
Que derrota o tentador.

331 - PELO NOME DO SENHOR (I-671; C-497) -

1 No mais profundo deste nome Teu,
Meu Deus, mergulho e moro em prazer;
Mesmo que longo seja o dia meu
E negra, a noite, podes me suster.

2 Todo-suficiente és, meu Deus,
O que me falta, podes Tu criar;
A Tua mão desfez a solidão
Com Teu amor e Teu fiel cuidar.

3 Meu Deus, intrépido mais uma vez
Lanço-me agora sobre o seio Teu,
E no descanso que provém da fé,
Por Teus caminhos Te adoro eu.

332 - PELO SENHOR DA ESPERANÇA (I-708; C-520) -

1 Como o frescor do orvalho
Traz-nos descanso sem par,
Cristo, na doce unção, vem
Nos falar e consolar:
"Passa sem medo a prova,
Té a tormenta cessar,
Firme, através da Mi'a glória,
Té o reino se revelar."

2 Se, tribulado por provas,
Meu coração desmaiar,
A minha fé esvair-se
E a esperança findar,
Que Tua fé me sustente
Com o Teu vivo poder,
E nas riquezas da glória
Parte então eu vou ter.

Tens doce voz,
Ó Senhor da esperança!
Meu coração
Se alegra em Ti.


3 Ó Senhor, qual sol nascente,
Faz minhas trevas sumir;
Com Tuas asas que curam
Faz o meu dia surgir.
Vem, ó Senhor do consolo,
Ao meu cansaço pôr fim;
Vem, Esperança da glória!
Nunca te apartes de mim.

333 - EXULTAR NO SENHOR (I-717; C-521) -

1 Oh! vamo-nos regozijar no Senhor!
Embora ao redor há tormentos
E muita aflição como o mar a bramir,
Louvor é melhor que lamentos.

No Senhor exultai, sim, sempre exultai,
O louvor é melhor que lamentos,
E vivermos, melhor que morrermos,
Então vamos sempre exultar.


2 Oh! vamo-nos regozijar no Senhor!
Ao vir-nos os dardos horrendos,
Pois teme o diabo e sempre temeu
Bem mais o louvor que lamentos.

3 Oh! vamo-nos regozijar no Senhor!
Ao vir-nos doenças e agruras,
Pois a alegria a força nos dá -
O gozo é a fonte da cura.

4 Oh! vamo-nos regozijar no Senhor!
Pois arrebatados seremos,
Do corpo terreno nos vamos despir,
Não mais choro, dor ou lamentos.

334 - PELA GRAÇA PARA O SOFRIMENTO (I-721; C-514) -

1 Vou sempre cantar a promessa,
Que Cristo já fez-me aqui:
"Perfeito é o poder na fraqueza,
Mi'a graça, pois, basta a ti."
E para que nunca me esqueça,
Jamais venha a me distrair,
Repete Jesus a promessa:
"Mi'a graça, pois, basta a ti."

2 A graça me basta ao salvar-me,
A mim, pecador vil e réu;
Me basta ao santificar-me
E dar-me o Espírito Seu.
A graça me basta em provas
Que duras me assaltam aqui,
Resiste-lhes esta promessa:
"Mi'a graça, pois, basta a ti."

Sim, sempre e sempre e sempre
Vem meu Salvador repetir:
"Perfeito é o poder na fraqueza,
Mi'a graça, pois, basta a ti."


3 A graça me basta em doenças,
Sustendo e fazendo-me são;
Me basta ao virem tristezas
Quais vagas ao meu coração.
A graça nos basta ao servi-Lo,
Nos livra do ego aqui
E leva a dizer aos aflitos:
A graça, pois, basta a ti.

4 A graça nos basta e sustenta,
E em vindo o fim nos ceifar,
Será luz no vale das sombras,
E a Ele nos vai ajuntar.
Ou quando em pé, na vitória,
Em glória O virmos enfim,
Prostrados diremos alegres:
A graça bastou, pois, a mim.

5 Não é nossa graça que basta,
Mas Dele, e sempre o será:
A nossa é efêmera e passa;
A Dele jamais falhará.
E assim Sua rica promessa
Estou sempre a repetir:
"Perfeito é o poder na fraqueza,
Mi'a graça, pois, basta a ti."

335 - PELA DIREÇÃO DO SENHOR (I-701; C-508) -

1 Meu Senhor me guia sempre,
Que mais posso desejar?
Com mercê me tem guiado,
Dele posso duvidar?
Paz perfeita, gozo infindo,
E divina proteção
Há, se Nele permaneço,
Em qualquer situação.

2 Meu Senhor me guia sempre,
Animando-me a andar;
Sua graça me concede,
E do vivo pão me dá.
Inda que meus pés se cansem
E sedento esteja enfim,
Bebo duma Fonte eterna,
Desfrutável para mim.

3 Meu Senhor me guia sempre,
Oh! que graça singular!
O descanso prometido
Em Seu seio vou provar.
Redimido plenamente,
Com os santos do Senhor,
Cantarei eternamente:
Cristo sempre me guiou.

336 - AS DUAS ÁRVORES (I-733; C-529) -

1 No Éden, Deus ao homem pôs
Perante duas árvores:
Da vida, sendo o próprio Deus,
E da ciência, Satanás.

2 Árv're da vida o centro é
Do plano que Deus quer cumprir;
Em Cristo, Deus qual vida é,
Para o homem possuir.

3 A do conhecimento vem
Grande advertência prescrever:
Que além de Deus u'a fonte há,
De morte, a quem a escolher.

4 Para cumprir o plano Seu,
Deve o homem, pois, comer
Da árvore da vida e assim
Vai pedra preciosa ser.

5 Buscar conhecimento faz,
No homem, Satanás entrar
E, qual pecado, morte traz,
De Deus o plano a frustrar.

6 Só Deus no universo é
Fonte de vida singular;
Tocar em outra fonte é
Ciência e morte contatar.

7 Conhecimento, morte traz;
Quer seja mal, quer seja bem,
Pois tudo o que é afora Deus
Do inimigo Seu provém.

8 A Cristo sempre se opõe
Não só o mal, também o bem;
E conhecer o bem ou mal
A Cristo se opõe também.

9 Senhor, nos leva a Te tocar
Para a vida nos possuir;
E não tocar o bem ou mal,
Nem mesmo algo além de Ti.

337 - AS QUATRO LEIS (I-734; C-530) -

1 É boa e santa a lei de Deus,
Nos manda praticar o bem;
Mas mostra que cumpri-la está
Das nossas forças muito além.

2 Em nossa mente há uma lei
Que sempre tenta o bem fazer;
Mas outra em nossos membros há
Que a primeira vem render.

3 A lei da mente boa é,
Da nossa vida humana vem;
Foi dada para nos guardar,
A fim de nos portarmos bem.

4 A lei em nossos membros vem
Da vida má de Satanás;
Na queda ela entrou em nós,
Ao vir tentar-nos o sagaz.

5 Maligna lei de Satanás
É a lei do pecado em nós;
Mais forte é que a lei do bem,
E sempre a derrota em nós.

6 Mas outra em nosso espír'to há:
A lei do Espír'to e vida que
Provém da vida divinal,
E que ganhamos pela fé.

7 É a mais forte lei que há,
Transcende em muito as demais;
Nos livra da lei do pecar
E a lei de Deus cumprir nos faz.

8 A mente no espírito
Devemos colocar então;
E não na carne do pecar
Que é o corpo mais a corrupção.

9 Na carne, a mente colocar,
Pecado, morte, trevas traz;
Mas mente no espírito
É vida, plena luz e paz.

10 É esse o modo de obter
Libertação, ser vencedor;
Nos faz no espírito viver,
Por Teu Espír'to andar, Senhor.

338 - A LEI DE LETRAS (I-735; C-531) -

1 A lei de letras mostra Deus -
Seu testemunho e expressão:
Amável, Santo, Justo é
Deus com quem temos comunhão.

2 Segundo tudo o que Deus é
A lei exige-nos viver;
Nos justifica Deus assim
E Suas bênçãos vem trazer.

3 Não pode a lei vivificar,
Nem força alguma conceder;
Mas exigências faz de nós,
Quão fracos somos, faz-nos ver.

4 Não planejou Deus no-la dar,
Mas o pecado a exigiu;
Quebrá-la faz o homem ver
A si e seu pecado vil.

5 Se calam todos ante a lei,
Escravos são sob o pecar;
A lei a Cristo nos conduz,
Deus Nele vem-nos abençoar.

6 De Cristo a lei figura é
E Cristo atesta Deus a nós,
A expressá-Lo em amor,
Justiça e santidade a nós.

7 O testemunho Cristo é
De Deus com vida a suprir;
Assim o que exige a lei,
Capazes somos de cumprir.

8 O testemunho Cristo é
De Deus com Seu poder vital,
Em quem morremos para a lei,
E damos fruto espiritual.

339 - A LEI DA VIDA (I-736; C-532) -

1 Em pedra, muito tempo atrás,
Gravada foi a lei de Deus;
Mas hoje, em nosso coração,
A lei da vida se inscreveu.

2 A lei de letras pede o bem,
E expõe o nosso débil ser;
Mas hoje a lei da vida vem
Suster-nos para a Deus prazer.

3 A antiga lei revela a Deus
Tão-só na forma exterior;
Mas hoje a lei da vida faz
O conhecer no interior.

4 A lei de letras vem reger
Com ordenança exterior;
A lei da vida rege com
Conhecimento interior.

5 Tal viva lei, a se mover
Em nossa experiência e agir,
Vem regular-nos no interior,
Por nosso interior sentir.

6 Oh! quão profundo seu reger,
Em nosso espírito está;
Vem viva percepção trazer
E o próprio Deus nos dispensar.

7 Por ser tão viva essa lei,
Não traz ensino exterior,
Pois todo o saber de Deus
A nós revela no interior.

8 Senhor, nos faz por ela andar
E a seu reger obedecer,
Para de Ti participar
E mais e mais Te conhecer.

340 - A COMUNHÃO DA VIDA (I-737; C-533) -

1 Vida eterna traz-nos
Comunhão vital;
Comunhão no Espír'to
Sem labor carnal.

2 Vida eterna supre
Comunhão com Deus;
E o Senhor se une,
Qual Espír'to, aos Seus.

3 Vida no Espír'to
Traz-nos comunhão;
Comunhão no Espír'to
Dá-nos graça então.

4 A divina vida
Comunhão produz;
Comunhão no Espír'to
Guia-nos à luz.

5 Ao purificar-nos
Temos comunhão;
Frutos dela obtemos
Pela interna unção.

6 Comunhão profunda
E alta comunhão
Temos pela morte
E ressurreição.

7 Comunhão nos livra
Do pecado e "eu";
Comunhão nos leva
A entrar em Deus.

341 - O SENTIMENTO DE VIDA (I-738; C-534) -

1 Em todo ser vivente aqui
Há sensação vital;
A vida eterna em nós possui
Um senso divinal.

2 E se mais alta a vida é,
Tal senso é melhor,
O sentimento divinal
É o superior.

3 Tal sensação é o próprio Deus
Mui vivo e real;
Em nosso espír'to ela está,
Melhor que bem e mal.

4 É o sentido interior,
A percepção vivaz;
Discerne tudo, e vem mostrar
O que a Deus apraz.

5 Tal viva sensação nos faz
Deus conhecer então;
Não por esforço exterior
Mas por revelação.

6 Crescer na vida interior,
E nela andar, viver,
Sensível e estrito faz,
Tal sentimento ser.

7 Tal sentimento exercitar
Nos dá intrepidez;
Por ele, comunhão real
Com Deus mantemos, fiéis.

342 - O CONHECIMENTO INTERIOR (I-739; C-535) -

1 Em todos nós, gerados do Senhor,
Há um conhecimento interior,
Que nos faz Deus tão pleno conhecer,
Sem precisar ensino externo haver.

2 Suprema é a vida eternal,
Possui capacidade divinal;
Por ela, Deus podemos conhecer
Mais que mediante nosso vão saber.

3 Na mente a lei da vida pôs-nos Deus,
E em nosso coração a inscreveu;
Tal lei nos rege, a Deus faz conhecer
Mais que ensino exterior qualquer.

4 Em nosso espír'to há a santa unção
Que nos revela Deus ao coração;
Por ela Deus podemos conhecer
Bem mais que por humano vão saber.

5 O Deus Triúno dentro em nós está
Sempre a viver, agir e trabalhar;
Seu sentimento interior nos traz,
Té que O conheçamos mais e mais.

6 É superior o interno conhecer
À eloqüência, ao exterior saber;
Mas no espír'to temos de estar
E, pelo seu sentir interno, andar.

7 Oh! quanto mais vivemos no Senhor
E pela consciência interior,
Mais vamos ter tal vero conhecer,
E Deus, seu Filho em nós vai inscrever!

8 Por tal conhecimento vivo então,
Com Deus em vida temos comunhão;
Mediante tal oculto conhecer,
Deus faz-nos Sua plenitude ver.

343 - O PRINCÍPIO DA ENCARNAÇÃO (I-740; C-536) -

1 Princípio da encarnação:
É Deus ao homem se mesclar;
Vão juntos em cooperação
O plano eterno realizar.

2 De Deus é o homem expressão,
E Sua vida ele tem;
De Deus é o homem possessão,
E O expressa muito bem.

3 Ao homem fez-se redenção,
Mostrando o saber de Deus;
Por meio dele a salvação,
Se mostra a toda a terra e céus.

4 De Deus a obra atual
Requer do homem cooperar;
Deus com o homem, Seu canal,
Possui coordenação sem par.

5 Não é só Deus a trabalhar,
Nem só o homem a servir;
Mas juntos a colaborar,
De Deus o plano vão cumprir.

6 Princípio da encarnação
É o que devemos aplicar
Às nossas obras, nossos dons,
E enfim ser um no ministrar.

344 - A FILIAÇÃO (I-741; C-538) -

1 Deus predestinou-nos para
Dar-nos plena filiação
E à imagem do Seu Filho
Nos trazer conformação.
Unigênito se torna
Primogênito assim,
E Deus, por Seus muitos filhos,
Expressão terá enfim.

2 Quando Deus regenerou-nos
Os Seus filhos fez-nos ser;
Mas a primogenitura
Vem pelo amadurecer.
Ao nascermos e crescermos
Partilhamos filiação;
E em plena estatura
Vamos expressá-la então.

3 Deve conformar-se a Cristo
Nosso tripartite ser;
Isso enfim vai completar-se
Quando o Senhor vier.
Pela redenção do corpo,
Plena, a filiação será;
Deus, por fim, nos transformando,
O Seu plano cumprirá.

4 Tal transformação completa
Nos fará mui santos ser;
Deus nos levará à glória,
Um co'o Filho vamos ser.
Toda a criação aguarda
Nossa plena filiação,
Para enfim do cativeiro
Ter total libertação.

345 - O HOMEM TRIPARTIDO-742; C-537) -

1 O homem tripartido é:
Corpo, alma, espír'to - eis seu ser,
Para o querer de Deus cumprir
E Sua herança possuir.

2 Pelo seu corpo, exterior,
Contata o mundo ao redor,
Pode o que é físico tocar,
E dessa forma se expressar.

3 A alma é interior,
É o seu ego e senhor,
Para o abstrato perceber,
Ter sentimentos e escolher.

4 Mais interior o espír'to é,
Para o Senhor em si conter;
Nele, consciência de Deus há
Para o que é espiritual sondar.

5 Da sua alma as partes são:
Mente, vontade e emoção,
Que o fazem seu papel cumprir
Na natureza humana aqui.

6 As partes do espír'to são:
A consciência, a intuição,
E a comunhão que o faz capaz
De contatar o Deus veraz.

7 A sua alma deve usar
Para por Deus assim optar,
Pelo espír'to O tocar
E pelo corpo O expressar.

8 Deve o espírito então
Passar por regeneração,
Ser transformada a alma, sim,
E o corpo, conformado enfim.

9 Deus, nesse triplo trabalhar,
Vai com o homem se mesclar
Nessas três partes do seu ser,
E plena expressão obter.

346 - O NOVO CORAÇÃO E O NOVO ESPÍRITO (I-743; C-539) -

1 Deus criou-nos como vasos,
Para expressão obter;
Coração fez para amá-Lo,
E um espír'to pra O conter.

2 Nosso coração O ama,
Nosso espír'to O contém;
Desfrutando-O como vida,
Expressão em nós Deus tem.

3 Satanás danificou-nos
No espír'to e coração,
Pelo ego fez vivermos,
Sem, com Deus, ter comunhão.

4 Nosso coração e espír'to,
O Senhor, ao nos salvar,
Renovou, nos restaurando,
Para amá-Lo e O ganhar.

5 Com um coração que é novo,
Deus seguimos em amor;
E com um espír'to novo
Contatamos o Senhor.

6 Puro, simples, verdadeiro,
Deve ser o coração;
O espír'to, sempre pobre,
Com Deus tendo comunhão.

7 Guarda nosso espír'to forte,
Nosso coração no amor,
Para que, em novidade,
Te toquemos, ó Senhor.

347 - O CORAÇÃO ADEQUADO (I-744; C-540) -

1 Um adequado coração
De nós Jesus requer,
Para podermos desfrutar
Todo o Seu rico ser.

2 É-nos preciso um coração
Puro, com mente sã,
Para, em temor e em tremor,
O do Senhor sondar.

3 É-nos preciso um coração
Ardente em amor,
E com zelosa emoção
Fiel só ao Senhor.

4 É-nos preciso um coração
Submisso e veraz,
Forte, mas dócil no querer,
Cumprindo o que Lhe apraz.

5 É-nos preciso um coração
Correto para Deus,
Que pura a consciência tem
No sangue que verteu.

6 Dá-nos, Senhor, tal coração,
Sempre firmado em Ti,
Para de Ti participar
E expressar-Te aqui.

348 - OS DOIS ESPÍRITOS COMO UM (I-745; C-541) -

1 És o Espírito, Senhor,
Que em nosso espír'to está;
Os dois mesclados hoje estão -
Que unidade há!

2 Em nosso espírito, o Teu,
Atesta muito bem
Que somos filhos de Deus Pai,
Herdeiros Seus também.

3 Em nosso espírito, Senhor,
Tocamos o Teu ser;
E como Espírito nos dás
Todo o Teu rico ser.

4 Em nosso espírito andar
E sempre Te seguir;
Como Espír'to vens guiar,
Vida nos infundir.

5 Por Teu Espírito, Senhor,
Te adorar, viver;
No nosso espír'to sempre vens
Força nos conceder.

6 Em nosso espírito, Senhor,
Vamos orar a Ti.
E como Espír'to vens em nós
Interceder aqui.

7 Voltando ao nosso espírito
E Te tocando aí
É que podemos partilhar
Divina herança em Ti.

8 Os dois espíritos em um,
Que unidade há!
Em nosso espír'to está o Teu,
No Teu o nosso está.

349 - DISCENIR O ESPÍRITO (I-747; C-543) -

1 Do templo o santuário é
A parte mais interior;
O sumo sacerdote ali
Se encontrava co'o Senhor.

2 De Deus o templo somos nós,
E nosso espírito, então,
O santuário onde Deus
E Cristo qual Espír'to estão.

3 No nosso espír'to Deus se faz,
Em Cristo, tudo para nós;
O Santo Espírito ali
Faz o Senhor real a nós.

4 É no espírito que nós
Podemos Cristo contatar;
Há nele comunhão com Deus
E nele O vamos adorar.

5 É Cristo a boa terra aí -
Descanso, gozo, nosso lar;
Há Sua autoridade aí
E nossa luta aí se dá.

6 O espír'to vamos conhecer,
Também da alma o discernir,
Viver ali e adorar,
De Deus o alvo atingir.

7 Noss'alma vamos renegar,
Avante no descanso entrar,
O Cristo pleno possuir,
De Deus o plano realizar.

350 - A TRANSFORMAÇÃO (I- 750 ; C-546) -

1 À imagem de Seu Filho
Deus deseja nos moldar;
Para isso o Espír'to
Deve vir nos transformar.

Vem, Senhor, à Tua imagem,
Nossa alma transformar;
Nos satura com Espír'to
Té a Ti nos conformar.


2 Deus gerou-nos no espír'to
Com a vida divinal;
Quer agora à nossa alma
Dar transformação cabal.

3 Ele está Se expandindo,
Vai noss'alma transformar;
Renovando-a totalmente
Té sobre ela dominar.

4 O poder de Sua vida
Transformando-nos está;
Vai de glória em glória ainda
Ao Senhor nos conformar.

5 Ele assim nos santifica
Té maduros nos fazer;
Toma toda a nossa alma
Té Sua estatura obter.

351 - O SIGNIFICADO (I-764; C-553) -

1 Mudo em Tua face estou, Senhor,
Para, no íntimo, a Ti chegar;
Não faço a minha própria oração,
Mas deixo a Tua, minha se tornar.

2 Pareces mui distante, lá no céu,
Mas bem no meu espírito estás;
Parece que orando estou a Ti,
Mas minha oração és Tu quem faz.

3 Quando, Senhor, não tenho expressão,
Faltam palavras para Te pedir;
Geme com Teu Espírito o meu,
Ora por mim a fim de me assistir.

4 Quero inalar-Te ao respirar, Senhor,
De Ti comer, beber e me suprir;
Profunda comunhão Contigo então
Fará em mim a oração surgir.

5 Brilha na comunhão a Tua luz,
Teu sangue traz-me purificação;
Não só abrigue eu a Tua luz,
Mas tem em mim mui clara expressão.

6 Tua unção me unge em tudo aqui,
Mais, cada dia, de Teu ser me traz;
Decresço mais e cresces mais em mim,
Tua expressão em meu viver terás.

7 Meu ser Te abro; fluis a mim, Senhor,
Abro-me a outros, e os alcançarás;
Por tal fluir, interna comunhão,
Em minha vida expressar-Te-ás.

352 - O ENSINAMENTO (I-767; C-554) -

1 Oh! nos ensina a orar, Senhor,
O inimigo atar,
E, saqueando os seus bens,
Cativos libertar.

2 Oh! nos ensina a orar e assim
Firmados combater,
As fortalezas destruir,
E ao sagaz vencer.

3 Oh! nos ensina a orar e assim
A Tua vara usar;
Sob o Teu sangue estremecer
Todo o poder do ar.

4 Contigo faz-nos laborar
Por oração e fé,
Sabendo que o poder é Teu
E nos farás vencer.

353 - NO SANTO DOS SANTOS (I-771; C-558) -

1 O véu já foi rasgado e eis,
Novo caminho há;
O sangue dá intrepidez
De vir a Ti orar.

2 Vimos ao santuário aqui,
Por Tua redenção,
Trono da graça assim tocar,
Com Tua doce unção.

3 Só em espírito orar
Plenos de Ti, Senhor,
Para do íntimo expressar
A Cristo - doce olor.

4 Fluem do trono para nós
Graça e mercê reais,
Socorro em toda situação -
Que refrigério traz!

5 Mesmo sem nada Te pedir,
Mas pelo Espír'to orar,
Inda de tudo sabes bem,
De todos vens cuidar.

6 Mesmo em provações e dor
Vamos em Ti lançar
Toda ansiedade e temor,
O espír'to liberar.

7 Que eu me concentre em Ti, Senhor,
Em doce comunhão;
Que Teu Espír'to venha aqui
Guiar-me a oração.

354 - NO SANTO DOS SANTOS (I-770; C-557) -

1 No Santuário entrar, junto ao trono estar,
Graça como um rio fluirá;
No Santuário entrar, junto ao trono estar,
Graça como um rio fluirá.

Aleluia! Aleluia!
Graça como um rio fluirá;
Aleluia! Aleluia!
Graça como um rio fluirá.


2 No Santuário entrar, sempre ali viver,
Luz da glória em mim brilhará;
No Santuário entrar, sempre ali viver,
Luz da glória em mim brilhará.

Aleluia! Aleluia!
Luz da glória em mim brilhará;
Aleluia! Aleluia!
Luz da glória em mim brilhará.


3 Ao Senhor voltar, no espír'to orar,
E a fonte viva tocar;
Ao Senhor voltar, no espír'to orar,
E a fonte viva tocar.

Aleluia! Aleluia!
E a fonte viva tocar;
Aleluia! Aleluia!
E a fonte viva tocar.


355 - EM FÉ (I-776; C-561) -

1 "Pede em fé" perante o trono,
Em o nome do Senhor;
Quando crês, o Pai sussura:
"Tudo já se consumou."

2 "Pede em fé", pois Deus espera
Para a súplica atender;
Muito além do que tu pensas
Ele opera em Seu poder

3 "Pede em fé" e sê ousado
Para em fé permanecer
E com gozo, expectativa,
Estendida a mão manter.

4 "Pede em fé", pois Deus aguarda
Teu fiel, zeloso orar;
Fé Lhe apraz; sim, fé O toca,
Sempre, em qualquer lugar.

356 - EM UNANIMIDADE (I-779; C-563) -

1 Ora unânime no espír'to,
Não segundo teu pensar;
Ora pela unção somente,
Como sempre quis o Pai.

Ora unânime no espír'to,
Não segundo teu pensar;
Ora pela unção somente,
Como sempre quis o Pai.


2 Ora unânime no espír'to,
Pela cruz o "eu" negar;
Tuas intenções, desejos,
Deve o Espír'to controlar.

3 Ora unânime no espír'to,
Nas regiões celestiais;
Esmagando o que é terreno,
Luta contra Satanás.

4 Ora unânime no espír'to,
Nos detalhes, com fervor;
Na harmonia do Espír'to,
Busca a mente do Senhor.

5 Ora unânime no espír'to,
Vigiando sem cessar;
E por Sua glória e reino,
Sempre orar e vigiar.

6 Ora unânime no espír'to,
Na unidade O buscar;
No Espírito do Corpo,
Sempre em harmonia orar

357 - NO ESPÍRITO (I-780; C-564) -

1 Sempre orar, orar no espír'to,
Não na mente vil, falaz;
Praticarmos tal segredo
A presença de Deus traz.

2 Sempre orar, orar no espír'to,
Não no nosso vão pensar;
Só assim co'o Deus Espír'to
Vamos comunhão gozar.

Sempre orar, orar no espír'to,
Que segredo singular!
Contatar a Deus no espír'to
É a chave para orar.


3 Sempre orar, orar no espír'to,
E assim Deus expressar;
Co'o Senhor aí ficando,
Nosso ser vai-se inflamar.

4 Sempre orar, orar no espír'to,
Seu Espír'to é capaz;
Com gemidos nos assiste
E o querer de Deus nos traz.

5 Sempre orar, orar no espír'to,
No santíssimo lugar;
Só aí, com Deus, o homem
Pode em unidade estar.

6 Sempre orar, orar no espír'to,
Só assim se pode orar,
E de Deus a plenitude,
Por tal chave, então, provar.

358 - EXERCITAR O ESPÍRITO (I-781; C-566) -

1 Devo meu espír'to
Sempre exercitar;
Tenho orado pouco,
Fraco ele está.
Mesmo tendo orado
Pouco o provei,
Me guiar o Espír'to
Pouco eu deixei.

2 Oro em meu espír'to,
Intercede o Teu;
Sua unção me guia,
Não meu próprio eu.
Não usando a mente
Mas o espír'to meu,
Louvo e peço sempre
Pelo Espír'to Teu.

3 Não só por mim mesmo
Vou-me exercitar,
Mas em unidade
Co'os irmãos orar.
No espír'to oro,
Como ele quer,
Para interiormente
A resposta obter.

4 No servir, andemos
Pela oração,
Sempre no Espír'to
Tendo comunhão.
Nunca, quando oramos,
Vamos só gritar,
Mas tocar o Espír'to,
Comunhão provar.

5 Devo meu espír'to
Sempre exercitar,
Não importa onde,
Quem ou quantos há.
Homens ou lugares
Não influirão;
Mas libero o espír'to
Em qualquer reunião.

6 Se alçado e forte
Meu espír'to está,
Tens, Senhor, caminho
E me vens usar.
No fluir do espír'to
Vida provarei;
Co'os irmãos, a igreja
Edificarei.

359 - EXERCITAR O ESPÍRITO (I-782; C-302) -

1 Teu Espírito no meu,
Que mistério, ó Senhor!
Dois espíritos em um,
Maravilha superior!

2 Pelo espír'to posso andar
E ser espiritual;
Pelo espírito servir,
Dar adoração real.

3 Meu espírito será
Elevado, forte, então,
Quando nele Te tocar,
Na Palavra e oração.

4 Fortalece o espír'to meu,
Possa outros avivar;
Para que prosperem, vou
Meu espír'to liberar.

5 Possa meu espír'to agir,
Cada vez que eu falar;
Tudo o que eu for fazer,
Vem, Senhor, pois, motivar.

6 Quando meu espírito
Atuar e se mover,
O dos outros se abrirá
E a Ti vai se erguer.

7 Tem mercê de mim, Senhor,
Teu Espír'to sopre em mim;
Meu espír'to em Ti será
Forte, rico e fresco enfim.

360 - TOCAR O TRONO (I-783; C-565) -

1 Vai ao trono em oração;
Tu ali irás obter
Graça e mercê de Deus,
Que te hão de socorrer.

2 Vai ao trono em oração,
Graça é tua precisão;
No espírito com Deus
Permanece em comunhão.

3 Vai ao trono em oração:
Graça rica e divinal
Toma e prova sempre ali,
Dando a Deus louvor real.

4 Vai ao trono em oração;
Toca o trono de poder,
Para, em nome de Jesus,
O inimigo combater.

5 Vai ao trono em oração,
Para autoridade ter,
Mediante viva fé,
Sobre a morte e seu poder.

6 Vai ao trono em oração
Para as trevas abalar;
Ora com poder real,
Sim, com Cristo ora já.

361 - A COMUNHÃO COM O SENHOR (I-784; C-568) -

1 Ora em comunhão com Cristo,
Busca em Sua face estar;
Pede e ouve diante Dele,
Em secreto a aguardar.

2 Ora em comunhão com Cristo,
Abre teu interior;
Com o rosto desvendado,
Vê a glória do Senhor.

Ora em comunhão com Cristo,
Busca em Sua face estar;
Pede e ouve diante Dele,
Em secreto a aguardar.


3 Ora em comunhão com Cristo,
Busca Nele confiar,
Aprendendo a tocá-Lo,
E no espír'to O honrar.

4 Ora em comunhão com Cristo,
Sem qualquer ostentação,
De acordo com o Espír'to,
E a interior unção.

5 Ora em comunhão com Cristo,
Ouve-O bem, com atenção;
Seu desejo te impressione,
Rende a Ele o coração.

6 Ora em comunhão com Cristo,
E contempla Seu fulgor;
Pleno de Seu ser tão belo,
Manifesta o Senhor.

362 - ESPERAR EM DEUS (I-792; C-574) -

1 Espero em Ti, Senhor, só em Ti;
Em Ti vou descansar;
Vem Teu querer mostrar,
Eis-me a Te rogar -
Espero em Ti, espero em Ti.

2 Espero em Ti, Senhor, só em Ti;
Enquanto aqui estou,
Mostra-me como vou
Orar por Ti, Senhor.
Espero em Ti, espero em Ti.

3 Espero em Ti, Senhor, só em Ti;
Vem Te mesclar a mim,
Té sermos um enfim,
E expressar-Te assim -
Espero em Ti, espero em Ti.

4 Espero em Ti, Senhor, só em Ti;
Ajuda-me a seguir
Em Teu caminho aqui
E Te deixar fluir.
Espero em Ti, espero em Ti.

5 Espero em Ti, Senhor, só em Ti;
Faz minha oração
Ser Tua expressão,
Dá-me tal chave, então -
Espero em Ti, espero em Ti.

363 - ESPERAR EM DEUS (I-793; C-575) -

1 Aguarda, ó minh'alma, no Senhor!
Ouve primeiro, para então falar;
Quem inicia a oração é Deus,
És só canal a fim de O expressar.

2 Aguarda, ó minh'alma, no Senhor!
Nega teus pensamentos e querer.
Que Deus Consigo venha te ungir,
Em teu orar, Seu plano aqui fazer.

3 Aguarda, ó minh'alma, no Senhor!
Cala-te aos planos e desejos teus,
Às vocações, cuidados terrenais;
Em ti opere o que exige Deus.

4 Aguarda, ó minh'alma, no Senhor!
Rende ao espír'to, mente e coração;
Serva fiel do espír'to sê aqui,
Que ele te mostre de Deus a visão.

5 Aguarda, ó minh'alma, no Senhor!
Deixa o Espírito por ti orar;
Todo o teu ser com Ele a se mover,
Tua oração vai, pois, Deus expressar.

6 Aguarda, ó minh'alma, no Senhor!
Té no espír'to seres um com Deus,
Té pelo espír'to Deus te possuir,
Te transformar segundo o Filho Seu.

7 Aguarda, ó minh'alma, no Senhor!
Té livremente Deus fluir por ti,
Té que teus atos e o teu falar
Cumpram, pois, o querer de Deus por ti.

364 - A FUNÇÃO DA PALAVRA (I-799;C-579) -

1 Toda Escritura é o soprar de Deus;
Por Seu Espír'to Ele a soprou,
Por homens piedosos a escreveu,
E Sua plenitude nos legou.

2 De Deus o sopro é ao homem luz,
Raios divinos a resplandecer;
Brilha nas trevas, fá-lo enxergar
Sua carência e seu próprio ser.

3 De Deus o sopro vida ao homem é,
Dá vida aos mortos, regeneração;
Infunde a natureza divinal,
Transforma a alma e o coração.

4 De Deus o sopro é o Seu saber,
Divino conhecer ao homem dá;
Mostra-lhe o plano que o Senhor propôs
E o faz a meta de Deus alcançar.

5 De Deus o sopro força ao homem é
E lhe transmite o divinal poder;
Fracos e débeis faz revigorar
Para ao Seu plano o homem condizer.

6 De Deus o sopro vamos respirar,
E Deus real porção nos há de ser;
A Escritura nos satisfará,
Exercitando nosso espír'to ao ler.

365 - A FUNÇÃO DA PALAVRA (I-800; C-580) -

1 Deus, em Seu falar, manifestado é,
Seu mistério ao homem desvendado é;
Todo o Seu caráter e pessoa são
Plenamente expressos; que revelação!

2 Deus em Seu falar mostrou o Seu querer:
O Seu Filho toda a primazia ter,
Para, entre toda a Sua criação,
Pelo Filho obter a glorificação.

3 Deus, em Seu falar, a Cristo revelou:
É o próprio Deus, mas homem se tornou;
Centro e universo do querer de Deus,
Pois subsiste Nele tudo, terra e céus.

4 Deus em Seu falar, mistério já mostrou:
Cristo e a igreja, como planejou;
Cristo, a plenitude, qual Cabeça encheu
De riquezas a Igreja, o Corpo Seu.

5 Deus, em Seu falar, do céu descortinou
Que se uniria ao homem que criou;
Deus está no Filho, o qual o Espír'to é,
E no Corpo está cumprindo o que Ele quer.

6 Deus, em Seu falar, revelação nos deu:
Sobre a criação e o nascimento Seu,
Grande redenção e plena salvação -
Encha toda a terra Sua adoração!

366 - A FUNÇÃO DA PALAVRA (I-801;C-581) -

1 De Deus imagem és, Verbo de Deus,
És da palavra escrita o teor;
Tão-só em Ti achei o próprio Deus
E na Escritura Te ouvi, Senhor.

2 Ninguém já viu a Deus, sem Ti, Senhor.
Sem a Escritura, como ver-Te enfim?
Por Ti, ao homem Deus se revelou;
Pela Escritura Te mostraste a mim.

3 Corporificação Tu és de Deus,
É Teu retrato a Escritura aqui;
Por ela mui real és para mim.
De Deus a imagem vens me definir.

4 Da vida o Espír'to és, Verbo também,
És hoje Espír'to na Palavra, sim;
Se pelo Espírito eu a tocar,
Divina plenitude dás a mim.

5 Posso, em Ti, com Deus ter comunhão,
E na Escritura vou de Ti comer;
Ao estudá-la, em doce oração,
Tuas riquezas suprirão meu ser.

6 Faz-me exercitar o espír'to meu,
A Bíblia estudar e Te tocar;
Tu, Verbo vivo, e a Palavra em um,
Vais dia a dia ser o meu maná.

367 - A FUNÇÃO DA PALAVRA (I-802; C-582) -

1 Palavra e Espír'to és:
Vou em espír'to Te louvar
E na Palavra Te entender,
Por Teu Espír'to Te tocar.

2 Comigo unido hoje estás,
Assim meu tudo és, Senhor:
Palavra e Espírito
A me suprir e dar vigor.

3 Se a Palavra Tu não és,
Oh! como conhecer a Ti?
Se o Espírito não és,
Oh! como contatar a Ti?

4 Revela-Te a Palavra a mim,
De Ti conhecimento traz;
É o Espír'to o Teu ser,
Por Ele posso Te tocar.

5 És meu caminho, vida, luz,
Comida, gozo, e poder -
Eu na Palavra isso vi
E no Espír'to o provei.

6 Tens na Palavra expressão
E o Espír'to em mim está;
O Teu Falar, ao vir a mim,
Espír'to e vida nele há.

7 Vou a Palavra entender,
Se o Espírito tocar;
Não só co'a mente a conhecer,
Mas co'o espír'to, ao orar.

8 Eu amo Teu Falar, Senhor,
Que gozo dá ao coração!
Vou no espír'to Te adorar
E ter Contigo comunhão.

368 - ALIMENTAR-SE DA PALAVRA (I-813; C-587) -

1 Ao trono achego-me com fé,
Faminto busco Teu favor,
Obtenho graça e mercê,
Socorro encontro, ó Senhor.

2 Teu rosto, que contemplo aqui,
Me ilumina o coração;
E vêm seus raios consumir
O meu fracasso, imperfeição.

3 A Tua luz, Senhor, me expõe
A verdadeira condição;
Teu sangue posso aplicar,
Gozar aqui o Teu perdão.

4 Vem Teu Espír'to me ungir,
Teu elemento faz ser meu;
Teu próprio ser desfruto assim,
Conheço os desígnios Teus.

5 A Bíblia em Tua face ler
É o candelabro acender;
O Espír'to é azeite a mim,
Que me alumia e faz-me ver.

6 Sou sacerdote a queimar
Incenso em minha petição;
E qual Espírito estás
Mesclado à minha oração.

7 É a Palavra para mim
Comida e luz a me suster;
Anelo ler, comê-la mais,
Por ela satisfeito ser.

8 A água viva és também,
Que refrigério pleno traz;
E para ela em mim fluir,
Desejo orar, beber-Te mais.

9 Tu és incenso para Deus,
Em Ti há plena aceitação;
Desejo mais e mais orar,
Fragrante oferta dar-Te então.

10 Ao ler, suprido sou e há luz,
Sou saciado ao orar;
Assim meu suprimento és,
E Teu querer se cumprirá.

11 Anelo ter tal comunhão,
Mesclar-me a Ti ao ler e orar;
Senhor, vem saturar-me então,
Até que possas transbordar!

369 - ALIMENTAR-SE DA PALAVRA (I-812; C-588) -

1 Venho a Ti, Senhor,
Meu ser sedento está;
De Ti comer, de Ti beber,
E assim Te desfrutar.

2 Clama meu coração,
Quer Teu semblante ver;
De Ti beber anseio mais,
E me satisfazer.

3 O meu deleite é
Teu rosto contemplar;
Sempre aqui habitarei,
Jamais Te vou deixar.

4 E, nesta comunhão,
Graça és para mim;
Alegre está meu coração,
Achou descanso enfim.

5 Vou demorar-me aqui,
Inda buscar-Te mais;
Pela Palavra e oração,
De mim Tu fluirás.

370 - ALIMENTAR-SE DA PALAVRA (I-811; C-586) -

1 Meu coração sente fome de Ti,
Tem meu espírito sede também;
És tudo que necessito, Senhor,
Quem fome e sede suprir sempre vem.

Senhor Jesus, vem, vem me suprir,
A fome e sede vem saciar;
Sê minha força e gozo também,
Vem me suprir, vem me saciar.


2 Comida e água da vida Tu és,
Podes suster-me e reavivar;
De Ti desejo comer e beber,
E desfrutar-Te ao ler e orar.

3 O Verbo és, plenitude de Deus,
És o Espírito - vida a mim;
Como a Palavra, comida Tu és,
E qual Espírito, água a mim.

4 Como comida desceste do céu,
Foste fendido pra me saciar;
Como comida, Tu és meu suprir,
E como água, um rio a jorrar.

5 Tu, na Palavra, Espírito és,
Nela assim vou nutrir-me de Ti;
Como Espírito vives em mim,
Em meu espírito bebo de Ti.

6 Volto agora à Palavra, Senhor,
Para comer-Te até me fartar;
Em meu espírito volto a Ti,
Para beber-Te até me saciar.

7 Como e bebo de Ti, ó Senhor,
Como ao ler e eu bebo ao orar;
Ler e orar é comer e beber,
De Ti assim vou me alimentar.

8 Enche-me com a Palavra, Senhor,
E com Espírito, até transbordar;
Sê para mim tal banquete, Senhor,
Como ninguém antes pôde provar.

371 - A PALAVRA E O ESPÍRITO (I-815; C-590) -

1 Palavra e Espír'to Cristo é,
E nela como Espír'to está;
E todo o Seu falar a nós
Espír'to e vida, assim, nos dá.

2 Por fora, a Palavra há,
Por dentro, o Espír'to está;
São estes os maiores dons
A nos fazer Deus desfrutar.

3 O Espírito a faz real
E nela vem Se expressar;
Dois itens de uma coisa só
Que não se devem separar.

4 Se Ele a iluminar,
Qual vida ela nos será;
Mas separada Dele, então,
Tão-só a mente vem tocar.

5 Tocá-la no espír'to é
Espír'to e vida para nós;
Palavra viva a outros há
Só quando o Espír'to flui de nós.

6 Devemos o espír'to usar
A fim de a Palavra obter
E liberar o Espírito -
Os dois conosco um vão ser.

7 Que a Palavra seja em mim
Espír'to, rica provisão;
Que nela possa Ele ser
A minha vera expressão.

372 - LUZ E VERDADE ILIMITADAS (I-817) -

1 Não limitamos hoje a
Verdade divinal
Ao nosso parcial pensar
De homem natural;
Que um alento superior
Em nós desperte já,
Pois Deus mais luz e muito mais
Verdade irá jorrar.

2 Que tolo ousa vincular
Oráculos do céu
A climas, línguas e nações
E séculos ao léu?
O universo é incógnito,
E insondado o mar,
Mas Deus tem luz e inda mais
Verdade a jorrar.

3 Em trevas foram nossos pais
Primeiros passos dar;
Foi só o alvorecer até
O dia se firmar.
O Sol glorioso inda vai
Se intensificar,
Pois Deus mais luz e muito mais
Verdade irá jorrar.

4 Vencidos são os vales e
Subimos inda mais,
Do alto contemplamos bem
Os séculos atrás.
Galgamos mais e vemos que
Mui límpido é o ar
No qual Deus tem mais luz e mais
Verdade a jorrar.

5 Pai, Filho e Espírito,
Oh! vem em nós crescer!
Expande nosso coração,
Nos faz compreender,
Com todos santos Teus aqui,
O Teu amor sem par,
Pois inda tens mais luz e mais
Verdade a jorrar.

373 - O MISTÉRIO DE CRISTO (I-818; C-593) -

1 Cristo, de Deus mistério é:
Ninguém a Deus já contemplou,
Pois invisível Ele é,
Mas Cristo, o Filho, O revelou.

2 De Deus, Palavra Cristo é,
Sua real explicação;
De Deus imagem Ele é,
E Sua corporização.

3 Imagem do invisível Deus,
Da Sua glória o resplendor;
De Deus a plenitude é,
Testemunhando Seu valor.

4 Ninguém a Cristo agora vê,
Manifestado não está;
Mas Seu mistério a Igreja é,
Por ela o homem O verá.

5 De Cristo é a Igreja aqui
O Corpo e duplicação;
Na Igreja vão-No conhecer
Pois ela é Sua expressão.

6 De Cristo ela imagem é,
Seu próprio aumento e expressão;
O Corpo, a Igreja é,
Cristo, a Cabeça em ascensão.

7 O Pai, assim, no Filho está,
O Filho é o Espír'to então;
O Espír'to do Triúno Deus
Na Igreja está - que união!

374 - O AUMENTO E CRISTO (I-819; C-594) -

1 Plenitude é nosso corpo,
Nossa expressão;
Tal a Igreja é de Cristo:
Manifestação.

2 Parte de Adão é Eva,
Do qual procedeu;
É de Cristo a Igreja,
O aumento Seu.

3 Como o grão que enterrado
Gera muitos grãos,
E tais grãos então, mesclados,
Formam um só pão;

4 Cristo tem assim na Igreja
Multiplicação;
Expressando-O no Corpo,
A Deus glória dão.

5 Como os ramos da videira
Seu aumento são,
Um com ela, frutificam,
Muitos frutos dão;

6 São assim da Igreja os membros,
Cristo a expressar;
Um com Ele em vida e atos
Para O espalhar.

7 Cópia, aumento, plenitude,
Plena expressão,
Crescimento, amplitude,
Continuação:

8 Tal de Cristo é a Igreja -
Desse modo Deus
Em Cristo é glorificado
Por remidos Seus.

9 Juntos, Cristo e a Igreja,
Que mistério são!
Deus e o homem misturados -
Oh! que união!

375 - A PLENITUDE DE CRISTO (I-820; C-592) -

1 Cristo devemos desfrutar
E Sua plenitude ser;
Seu testemunho vamos dar,
Participando do Seu ser.

2 De Cristo, as riquezas são
O que Ele é aos membros Seus;
De Cristo, a plenitude, nós
Seremos como o Corpo Seu.

3 Dos ricos bens de Canaã
O templo se edificou:
De Cristo e a Igreja é
Um tipo que se nos mostrou.

4 Tal como Eva, de Adão,
De Cristo a Igreja vem;
E Nele encabeçada então,
Qual Corpo, Sua vida tem.

5 Cristo é a riqueza interior,
A Igreja, Sua expressão;
Ao partilharmos Dele há
Completa edificação.

376 - O CANDELABRO DE CRISTO (I-822; C-596) -

1 A Igreja o candelabro é,
Com Cristo, a lâmpada, em si,
E Nele brilha Deus, qual luz -
Sustém tal glória a Igreja aqui.

2 Deus como vida eterna é
A luz da lâmpada a brilhar;
De ouro o candelabro é,
Divina glória a expressar.

3 Na era de escuridão,
Há luz da vida a resplender:
O testemunho de Jesus,
Que os homens hoje podem ver.

4 Guardando seu "primeiro amor",
A Igreja testemunho dá;
Da "árvore da vida", então,
Qual vencedor, porção terá.

5 Se suportar tribulações,
A vida a coroará;
Vencendo as misturas vis,
"Maná oculto" comerá.

6 Que não tolere "Jezabel",
E a terra, assim, irá reger;
E "vestes brancas" vestirá,
Se "obras mortas", pois, vencer.

7 Qual "Filadélfia" deve ser:
Com pouca força, incapaz,
Mas a Palavra guarda bem,
Não nega o nome Seu jamais.

8 De todo orgulho, mornidão,
Arrependida deve estar;
Co'o Vencedor há de cear,
No trono Seu se assentar.

9 A Igreja pura, então, será
O candelabro a luzir;
Podendo a vida de Jesus
Mui dignamente possuir.

10 Hoje as igrejas devem ser
Os candelabros a luzir;
O candelabro eternal
Será a Jerusalém por vir.

11 O candelabro, então, ali
Consumação final será;
Com Cristo, a lâmpada, em si,
A Deus, qual luz, expressará.

377 - SUA UNIDADE (I-832; C-601) -

1 Cristo, o Filho de Deus, e a redenção
São o nosso credo, fé da salvação;
As demais doutrinas não estão na fé,
Mas só Cristo, o que fez e o que é.

2 Quando mal usados, os ensinos são
"Ventos de doutrina" - causam divisão:
Da Cabeça vêm aos santos dispersar,
Destruindo o Corpo em vez de edificar.

3 Toda vã doutrina vamos desprezar,
E, guardando a fé, a unidade achar;
No Senhor Espír'to um já somos nós,
Preservar a unidade cabe a nós.

4 A verdade, Cristo, temos de guardar
Para das facções do ego nos livrar,
Para crescimento na Cabeça haver,
E o Corpo edificado e pleno ser.

5 A "unidade da fé" temos de alcançar,
Todos "ventos de doutrina" desprezar,
Cristo, a Cabeça, mui real reter
Para em unidade o Corpo Seu crescer.

378 - SUA DEFINIÇÃO GERAL (I-824; C-598) -

1 De Cristo a Igreja
É o Corpo e expressão,
Também é onde o Pai faz
A Sua habitação;
É o ajuntamento
Dos que o Senhor chamou,
É Deus mesclado ao homem
Que para Si criou.

2 A Igreja foi eleita
Bem antes da criação,
Co'o sangue do Cordeiro
Obteve redenção;
A morte no Calvário
Da terra a libertou,
Tem posição celeste,
Caráter superior.

3 A Igreja é o Novo Homem
Da nova criação,
Do Cristo ressurreto
Gerada foi então.
E Deus, em Seu Espír'to
Pra sempre a batizou;
A água da Palavra
É que a santificou.

4 Seu conteúdo e vida
É Cristo, o Senhor,
Também é Seu Cabeça,
Glorioso Possuidor;
Com Cristo a Igreja
Já ascendeu aos céus,
E tudo está sujeito
Debaixo dos seus pés.

5 Da Igreja o fundamento
Somente Cristo é;
Jamais o homem pode
Lançar outro qualquer;
Divina como Cristo,
A Igreja é assim,
Em todas as maneiras,
Em tudo seu, enfim.

6 Já provam, pelo Espír'to,
Os muitos membros seus
A morte no Calvário
Do velho Adão, do "eu";
Então, edificados
Na vida do Senhor,
Se tornam ouro, prata
E pedras de valor.

7 Na Igreja a unidade
Do Espírito está:
Um Corpo, um Espír'to
Uma esperança há,
Um só Senhor, uma fé,
E um batismo só,
Um Deus e Pai de todos,
Que está em todos nós.

8 Na Igreja o Deus Triúno
Faz Sua habitação;
Na Igreja há tantos membros,
Mas um só Corpo são;
Na fé e no Espír'to,
Em união real,
Esperam pelo dia
Da redenção total.

9 De toda tribo e língua
E povo e nação,
Procedem os seus membros,
Formando um Corpo, então;
Não importando raças,
Cultura ou posição;
No Corpo batizados,
Em unidade estão.

10 Na Igreja não há nobre,
Tampouco há plebeu,
Não há escravo ou livre,
Nem grego nem judeu;
Na Igreja só há Cristo,
Que é tudo em todos nós;
E Nele um Novo Homem
Já somos todos nós.

11 De Cristo a Igreja
É o Corpo universal,
E em cada cidade
Tem expressão local;
E a localidade
É sua base aqui,
O único terreno
Que pode possuir.

12 Também possui a Igreja
Adm'nistração local,
Diretamente a Cristo
Responde cada qual;
Mas entre as igrejas
Há muita comunhão,
Há unanimidade
E coordenação.

13 As reuniões da Igreja -
Modelo tão fiel -
Expressam muito bem a
Jerusalém do céu;
E todos os aspectos,
Detalhes dela, são
Mostrados pelos santos
Em cada reunião.

14 Na Igreja reunida
Fulgor de Cristo há:
A lâmpada é Cristo,
Deus Nele, a luz sem par;
É ela o candelabro
Que brilha em esplendor,
Sustendo a imagem
Gloriosa do Senhor.

379 - SEU FUNDAMENTO (I-834; C-602) -

1 Pedra angular, Senhor, és,
Rejeitada dos judeus;
Em ressurreição Deus pôs-Te,
Precioso aos olhos Seus.
Salvação por Ti logramos,
Temos edificação;
Os judeus e os gentios
Em Ti novo homem são.

2 És também fendida Rocha
Para o homem saciar;
E assim, em Ti firmado,
Casa a Deus edificar.
Fundamento posto à prova,
Bem seguro, em Sião,
És a Rocha que sustenta,
És da Igreja a fundação.

3 Sobre Ti edificada
A Igreja deve ser;
Contra ela as portas do Hades
Nunca vão prevalecer.
Tua autoridade é dela:
Ata e desata aqui;
Traz os homens ao Teu reino -
Livres do inimigo, em Ti.

4 Preciosa e eleita
Pedra viva és também;
Pedras vivas nos tornaste
Que o Teu caráter têm.
Como templo edificados,
Onde Deus pode habitar,
Sacerdócio santo somos
Para a Deus sacrificar.

5 De Davi, Senhor, és Filho
Para o templo construir;
Rei e Sacerdote para
Teu chamado assim cumprir.
Como Rei, por Deus, governas,
Homens sujeitando a Deus;
Como sacerdote os levas
À presença do Teu Deus.

6 Tua autoridade emana
Do Teu trono, traz-nos paz;
Comunhão, no rio da vida,
Suprimento, aumento traz.
Esses dois equilibrados,
Cumprem o querer de Deus;
Tu, qual Rei e Sacerdote,
Dás habitação a Deus.

7 És o Deus que se fez carne
E co'o homem habitou;
Templo és, de Deus a glória
Te encheu e Se expressou.
É assim também a Igreja,
Deus e o homem - que união!
É assim com cada membro
Para edificação.

8 És Habitação eterna,
Pelas eras, nosso lar;
Proteção, abrigo, alento,
Temos ao em Ti morar.
Nós e Deus em Ti vivemos,
Nosso Santuário és;
Trazes Deus ao nosso espír'to
Onde adoração obténs.

9 Pedra angular, de topo,
Rocha, Igreja, Fundação,
Pedra viva, Santuário,
Construtor, Habitação.
Pelo que és, sim, Te louvamos,
Ó Senhor, ao ver-Te aqui,
Como pedras vivas hoje
Edifica-nos em Ti.

380 - SEU FUNDAMENTO (I-836) -

1 Cristo é o firme fundamento,
Cristo, a Pedra angular,
Pedra eleita, preciosa
Para a Igreja vincular;
De Sião socorro eterno,
Confiança singular.

2 Sobre Cristo, o Vitorioso,
Cristo, Rocha eternal,
Firme está nos céus a Igreja,
Não temendo o temporal;
Com a vida, edificada,
Sim, resiste a todo mal.

3 Tenta em vão frustrá-la o Hades,
Mas a Igreja é por Deus;
Pelo sangue do Cordeiro
Vence os inimigos Seus,
Que serão por fim pisados,
Ao vir seu Senhor dos céus.

381 - EDIFICAÇÃO PELO CRESCIMENTO DE VIDA (I-1241) -

1 Em Cântico dos Cânticos,
Nos mostra o Senhor,
Há vida e edificação,
A Noiva que almejou.

2 As éguas mostram um sinal
Do forte amor, veloz!
Mas tal amor é natural -
Arrasta o mundo após.

3 Mudança em seus conceitos há,
Qual pomba passa a ver:
Quem é igual ao seu Amor?
Quem mais querido é?

4 E para Ele um lírio é
(Atrai-a o Senhor);
No Filho está a sua fé,
E não no seu labor.

5 Nas fendas dos penhascos, pois,
É pomba a se ocultar;
Na ascensão do seu Senhor
Seu firme amor está.

6 Pilar de fumo se tornou,
Não mais a vaguear;
Submissa é ao seu Senhor,
Fragrância singular.

7 Liteira Dele vem a ser
Na noite de temor;
Derrota o inimigo e dá
Descanso a seu Senhor.

8 Um vaso que contém o Rei!
(Figura de valor.)
Um palanquim que faz mover
Na terra seu Senhor.

9 Qual homem, Cristo aí se vê,
Pois de madeira é;
De prata as colunas são,
O piso de ouro é.

10 De púrpura, o assento seu
Nos mostra o Rei dos reis.
E tudo interiormente ornou
O amor dos Seus fiéis.

11 Mui breve o dia há de vir -
Irás rejubilar -
Coroa e glória para Ti,
Teu complemento e par!

12 Jardim fechado ela é,
Fragrante, doce e bom;
Produz agora os materiais
De edificação.

13 Cidade bela, de prazer,
Maior não haverá;
Mas para o inimigo é
Exército sem par.

14 Comendo de Jesus assim
Eis que há transformação;
Com Sua Noiva Cristo enfim
Terá total união.

382 - SUA EDIFICAÇÃO (I-837; C-603) -

1 Grande é Teu plano, ó Senhor:
Sermos a Tua habitação,
Nos saturares com Teu ser,
Teres no Filho expressão.

2 Tua imagem deste a nós
E Tua autoridade aqui,
Mas inda somos barro só,
Sem divindade possuir.

3 Mas ao Te receber, Senhor,
Ganhamos vida divinal;
Juntos, no Corpo somos um,
Dando-Te expressão real.

4 Em nossa alma Teu fluir,
A nos encher e renovar,
Torna-nos pedras de valor
E Tua imagem singular.

5 Não para apreço humano foi
Que nos fizeste de valor,
Mas para sermos materiais
Da Tua casa, ó Senhor.

6 Às Tuas sábias mãos, Senhor,
Oferecemos nosso ser;
Vem nos quebrar e edificar
Qual lar que cumpra Teu querer.

7 Trata conosco, ó Senhor,
Quebra a vida natural;
Faz-nos ser um com os irmãos,
Livres do individual.

8 A Tua Noiva vamos ser,
Contigo sempre em união,
A desfrutar Teu pleno amor -
Como terás satisfação!

383 - SUA EDIFICAÇÃO (I-842;C-605) -

1 Sopra em mim, Senhor,
Vem meu espír'to alçar,
Em Tua vida de louvor,
Da morte me livrar.

2 Sopra em mim, Senhor,
Vem me revigorar,
E vou correr, andar, subir,
Jamais me fatigar.

3 Sopra em mim, Senhor,
Pra no descanso entrar,
E com alegre coração
Em Ti me reclinar.

4 Sopra em mim, Senhor,
Me enche de Ti assim;
No meu falar, pensar e agir,
Não eu; mas Cristo em mim.

5 Sopra até não mais
Independente eu ser;
No Corpo edificado, então,
Co'os santos vou viver.

384 - SUA EDIFICAÇÃO (I-840; C-606) -

1 Livre de Adão, do ego,
Edifica-me, Senhor,
Com os santos como templo
Que expresse Teu fulgor.
Vem dos traços peculiares,
Do que é meu me eximir,
Para que sejamos sempre
Tua habitação aqui.

2 Pelo Teu fluir de vida
Cresço e há transformação;
Aos irmãos sou coordenado
Para a edificação.
Guardo a ordem em Teu Corpo
E funciono em Teu querer;
Sempre sirvo, ajudo outros
A cumprir Teu bom prazer.

3 No saber e experiência
Nunca devo me exaltar,
Mas, submisso e receptivo,
Deixo o Corpo me ajustar.
E, retendo a Cabeça,
Todo o Corpo crescerá
Pelas juntas, ligamentos
A supri-lo e vincular.

4 Com poder, fortalecido
No meu homem interior,
Tuas dimensões compreendo
E conheço Teu amor.
As riquezas Tuas tendo,
Plenitude haverá;
Té varão perfeito sermos
Para o Corpo edificar.

5 No Teu Corpo, Tua casa,
Quero edificado ser;
Neste vaso coletivo
Tua glória hão de ver.
Tua Noiva, a cidade,
Possa logo despontar
Qual brilhante candelabro,
Para Teu valor mostrar!

385 - SUA EDIFICAÇÃO (I-839; C-604) -

1 O oleiro és, Senhor,
E edificador capaz;
Me moldaste vaso Teu,
E me edificando estás.
Eu de barro feito fui,
Vaso para Te conter;
Pedra viva hoje sou;
Templo em mim irás obter.

2 Mesmo sendo barro só,
Tua vida em nós, Senhor,
Mui preciosa nos fará,
Pedras de real valor.
Pela Tua obra em nós
Tua Noiva vamos ser,
Num só Corpo, unida a Ti,
Para Te satisfazer.

3 O que quer Teu coração
Não é pedra - singular -
Mas a edificação,
Para Tua glória e lar.
Todo-inclusivo és,
A Igreja queres ter,
Onde possas expressar
As riquezas do Teu ser.

4 Não o individual
Homem espiritual
Teu desejo cumprirá,
Mas a vida corporal.
Membros separados não
Te expressarão, jamais;
Mas o Corpo em união
Tua plenitude traz.

5 Edifica-me, Senhor,
Para o plano Teu cumprir,
Não independente, mas
Com os santos Teus aqui.
Na experiência e dons
Não me hei de orgulhar;
Mas à igreja tudo dou
Para Te glorificar.

386 - SUA EDIFICAÇÃO (I-845; C-610) -

1 Libera meu espírito, Senhor!
Com o dos santos vem-no misturar;
Não mais Te buscarei por meios meus,
Mas livre do ego vou edificar.

2 Libera meu espírito, Senhor!
E de meu claustro livre estarei;
Se não me libertares, ó Senhor,
Em mim, fechado, permanecerei.

3 Libera meu espírito, Senhor!
Que de mim mesmo possa eu sair;
O Teu Espír'to livre fluirá,
E Teu amável ser vais exibir.

4 Libera meu espírito, Senhor!
Do meu esconderijo vou sair;
A minha própria busca pobre é,
Vem me salvar e vida infundir.

5 Libera meu espírito, Senhor!
Meu ego não mais me aprisionará,
E Satanás não há de me iludir;
Liberto vou, assim, Te desfrutar.

6 Libera meu espírito, Senhor!
Do ego possa eu me libertar;
E Tua vida, tudo o que és,
Com os irmãos vou sempre desfrutar.

387 - SUA EDIFICAÇÃO (I-848; C-612) -

1 Deus chamou-me sacerdote;
Oh! que glória e mercê!
E tal santo, régio ofício
Devo hoje exercer.

Realiza o sacerdócio
Toda a edificação;
Desempenho tal ofício
Através da oração.


2 Se atendo a tal chamado
Sob o Teu encabeçar,
No dever de sacerdote
Vou a igreja edificar.

3 Hoje a igreja é o sacerdócio,
Que formado deve estar;
Quando unido e vinculado,
Há real edificar.

4 A igreja degradou-se,
Tal ofício se perdeu;
Fraco o espírito dos santos,
Eis que a pregação venceu.

5 Muitos querem só mensagens
E ouvir a pregação,
Mas descuidam do exercício
Do espír'to na oração.

6 Oh! me trata e equilibra
Na oração e no pregar!
Não só pregue a Palavra
Mas leve outros a orar.

7 Só o servir orando dá-nos
Harmonia e união;
Sim, orando e pregando,
Temos edificação.

388 - SUA EDIFICAÇÃO (I-846; C-614) -

1 Que meu espírito
Possa fluir!
Suplico a Ti, Senhor,
Faze-o fluir.
Passado vou deixar,
Meus muros derrubar,
O espír'to libertar
Para fluir.

2 Que meu espírito
Possa fluir!
Imploro a Ti, Senhor,
Faze-o fluir.
No "eu" não quero estar,
O orgulho vou deixar,
O espír'to desatar
Para fluir.

3 Que meu espírito
Possa fluir!
Rogo a Ti, Senhor,
Faze-o fluir.
Livra-me da prisão
Da minha ostentação,
E meu espír'to, então,
Há de fluir.

4 Que meu espírito
Possa fluir!
Por isso busco a Ti,
Faze-o fluir.
Não mais me isolarei
Nem me aperfeiçoarei;
Mas meu espír'to irei
Desimpedir.

5 Que meu espírito
Possa fluir!
Peço a Ti, Senhor,
Faze-o fluir.
Na confiança em mim
Colocarei um fim,
E a água viva assim
Há de fluir.

6 Que meu espírito
Possa fluir!
Atende-me, ó Senhor,
Faze-o fluir.
No espír'to quero estar,
Com outros me mesclar
Para me edificar
Nesse fluir.

389 - SUA ATRAÇÃO (I- 852; C-616) -

1 Amo a Igreja, ó Senhor,
Tua habitação;
Nela descansas e obténs
Gozo e satisfação.

2 Por ela entregaste a Ti,
Para completa ser;
Por ela, hoje entrego a mim,
Para Te aprazer.

3 És minha vida, meu Senhor,
A Igreja, meu viver;
Por ela abandono a mim,
Para de Ti se encher.

4 A Noiva amada ela é,
Teu Corpo a Te expressar;
É o meu gozo e prazer,
Onde vou me apoiar.

5 Nela vens sempre dispensar
Teu suprimento a mim,
Nela tomado sou por Ti,
Te agradando assim.

6 Amo a Tua habitação,
Tua Igreja e lar;
Nela, pra sempre, vou viver,
E nunca mais vagar.

390 - SUA ATRAÇÃO (I-851; C-615) -

1 Que amável Tua habitação!
Nos átrios Teus anseio estar;
Tua presença anelo ter,
Por ela clamo sem cessar.

2 Como o pardal achou um lar,
E a andorinha, o ninho seu
Para os filhotes acolher,
Os Teus altares tenho eu.

3 Homens, mui frágeis quais pardais,
Acham descanso em Teu lar;
Desfrutam o incenso ali
Pois têm o sangue no altar.

4 Tais homens, quão benditos são!
Pois sua força está em Ti,
E em Sião seu coração -
Por tal caminho irão seguir.

5 Indo por vale árido,
O tornam em manancial;
Bênçãos, quais chuvas, vêm ali,
Misericórdia sem igual.

6 De força em força eles vêm,
E Te encontram em Sião;
Sempre buscando a Ti, Senhor,
Cuidado e graça obterão.

7 Melhor um dia em átrios Teus
Do que mil anos a vagar;
Antes à sua porta estar,
Que tendas ímpias habitar.

8 Sol e escudo és, Senhor,
Graça e glória suprirás;
Tua presença, sim, Teu ser
Os meus anseios satisfaz.

9 Tu, bem nenhum retirarás
Do que caminha em retidão;
Bendito o que confia em Ti,
Tem graça e glória qual porção.

391 - SUA COMUNHÃO (C-622) -

1 Oh! quão amável é! Oh! como é bom!
Viverem sempre unidos os irmãos.
Qual óleo de valor que vem ungir
Desde a cabeça às vestes de Arão.

2 É qual orvalho do Monte Hermom
Que desce sobre os montes de Sião;
Ordena o Senhor bênção ali,
E Sua vida para sempre, então.

392 - A AMÁVEL VIDA DA IGREJA (CS-713) -

1 Vida da igreja - que porção!
Todos os dias há rica provisão.
Fome ou sede aqui não há,
Oh! vamos Cristo desfrutar!

2 Vida da igreja - singular!
É precioso a ela se entregar!
Cristo e a igreja amamos nós,
Não há mais nada além dos dois.

Na arca vem entrar, vida da igreja ter,
Não percas tempo mais, vem já aqui gozar.
Na arca vem entrar, vida da igreja ter,
Para que o Noivo logo possa voltar.


3 Vida da igreja - que valor!
Todos são ricos na casa do Senhor.
Todos funcionam na reunião,
E o Corpo assim tem expressão.

4 Vida da igreja - que viver!
É rica terra fértil a nos suster.
Tal terra boa a cultivar,
Qual festa a reunião será.

5 Vida da igreja - que visão!
É o edifício, de Deus habitação.
Em unidade e em paz
Nós derrotamos Satanás.

393 - COMO O REBANHO DE DEUS (I-1221; CS-711) -

1 Cristo tirou-nos do aprisco,
Maravilhoso pastor;
Para Seu pasto tão rico
Nos conduziu em amor.

Oh! quanta fartura!
Vida da igreja sem par!
Aqui, onde há unidade,
Vida Deus pode ordenar.


2 Nas divisões procurou-nos,
Pobres, em inanição;
À boa terra levou-nos,
Ao nosso espír'to, oh! que bom!

3 Cristo é nossa pastagem,
Rica e real provisão,
Que alimenta as ovelhas
Em cada reunião.

4 Vivemos num alto monte
Com o orvalho a regar,
Matando a sede na fonte,
Água tão viva a jorrar.

5 Cristo é nosso descanso,
Nosso prazer, proteção;
Nada as ovelhas receiam,
Em Sua mão já estão.

394 - COMO O CORPO DE CRISTO (I-1226; CS-508) -

1 É a igreja mui gloriosa e parte dela somos nós;
Quão felizes, o Senhor tornou-nos um!
Há no universo um Corpo a que pertencemos nós;
Aleluia! o Senhor tornou-nos um!

Aleluia pelo Corpo!
Somos membros deste Corpo!
Somos todos pelo Corpo!
Aleluia! o Senhor tornou-nos um!


2 Não são individualistas, mas um coletivo ser
Que Deus quer qual Sua manifestação;
Não igrejas isoladas, mas um Corpo devem ser -
Aleluia! nele estamos, que expressão!

Aleluia pelo Corpo!
Teme Satanás o Corpo!
Vitoriosos, só no Corpo!
Aleluia! nele estamos, que expressão!


3 Sete candelabros de ouro: natureza divinal -
Nada "natural" o Corpo aceitará;
Quando estamos na divina natureza e somos um,
Quão brilhante o candelabro se fará!

Aleluia pelo Corpo!
Pelos candelabros de ouro!
Pelo resplendente Corpo!
Aleluia, é de ouro e tem fulgor!


4 Como vamos tal divina unidade expressar?
O caminho é de Cristo se fartar!
Ele, árvore da vida, nossa festa e maná,
Aleluia! O comemos sem cessar!

Um nós somos ao comê-Lo!
E divinos ao comê-Lo!
Brilharemos ao comê-Lo!
Aleluia! o caminho é comer!


395 - COMO O NOVO HOMEM (I-1232; CS-616) -

1 Mortos, em pecados, e sem Deus,
'Stávamos no mundo aterrador;
Mas em Cristo, vida Deus nos deu,
Nos lugares celestiais nos assentou.

Jesus está nos ajuntando -
Venham ver a unidade aqui;
Com Seu amor nos vinculando,
Vamos Sua estatura atingir.


2 Todas as medidas do Senhor,
Com os santos, vamos compreender,
Conhecer o Seu profundo amor
Té, de Deus, a plenitude nos encher.

3 Deus, Seu plano fez-nos conhecer,
O mistério já se revelou;
Cristo e a igreja vemos nós
E assim envergonhamos o opressor.

4 Nós, por isso, oramos a Deus Pai:
Faz-nos fortes no homem interior;
Cristo habite nosso coração,
Nos arraigue e alicerce em amor.

5 Todo membro Cristo suprirá
Para o Corpo, assim, consolidar;
Cooperando cada membro Seu,
Em amor o Corpo se edificará.

6 Para o Seu plano enfim cumprir,
Deus aqui um novo homem tem;
Na igreja, a glória seja a Deus
E em Jesus Cristo para sempre - Amém!

396 - COMO NOSSO LAR E DESCANSO (I-1237) -

1 Quão esplêndida é a vida da igreja - um jardim -
Cristo, nossa experiência, cresce aqui.
Ele é fresco, tão amável, disponível para mim
E a todos santos em um só fluir.

Quão feliz estou no jardim de Deus,
O melhor lugar pra se crescer.
O maior prazer já visto é da árvore comer
E do rio da água da vida beber!


2 Não é uma escola, fábrica ou capela angelical,
Mas jardim de que Deus cuida com prazer;
Aqui neste paraíso aprazível, sem igual,
Hoje Ele nos cultiva e faz crescer.

3 Há na vida da igreja uma árv're sem igual
Cujo fruto é vida, bom ao paladar;
Seja simples, jogue fora seu conceito doutrinal,
Coma de Jesus, a árv're, sem cessar.

4 Junto à árvore há um rio, Deus em Cristo a fluir
Para a toda nossa sequidão pôr fim;
Aleluia! Cristo flui neste lugar a nos suprir,
Como vida plena a nós - oh! que jardim!

5 Não está você tão grato? O Senhor o trouxe aqui,
Onde há riquezas e prazer sem fim;
Seja alegre e no espírito desfrute o Senhor,
Té que haja muito fruto no jardim.

397 - COMO NOSSO LAR E DESCANSO (I-1233; CS-709) -

1 A igreja é meu lar,
Nunca mais vou vagar;
Se alegra o meu coração.
A luta cessou,
Cristo Se dispensou
Como vida a mim, que porção!

A igreja é meu lar;
Foi aqui que cessei de vagar;
Enquanto viver,
Cantarei com prazer:
"Aleluia! a igreja é meu lar!"


2 Descanso e prazer
Deus aqui pode ter
E o Seu coração alegrar.
Seu lar Deus nos fez,
Satanás não tem vez;
Deus expressa a glória em Seu lar.

A igreja é Seu lar;
Deus aqui encontrou o Seu lar;
Enquanto viver
Cantarei com prazer:
"Aleluia! a igreja é Seu lar!"


398 - CONSAGRAÇÃO PARA A IGREJA (I-1248; CS-603) -

1 Senhor, Davi jurou:
"Não vou em minha tenda entrar,
Ao leito meu subir,
Nem os meus olhos descansar,
Até que eu encontre enfim
Lugar pra Ti, ó Deus."
Desejas ter um lar, Senhor,
E reunir os Teus.

2 Quão cegos fomos nós,
Só vendo nossa habitação,
Enquanto o Teu lar
Estava em desolação -
"Subi ao monte e trazei
Madeira, e edificai."
Não adieis nem mais tardeis;
É tempo - trabalhai!

3 Senhor, desperta alguns
Pra Tua casa construir;
Assim como Davi,
Um povo que deseja vir
Em Tua obra trabalhar;
Que honra Te servir,
Teu coração satisfazer
Teu templo erigir.

4 Nos que chamaste, ó Deus,
Vem Teu encargo infundir
De tudo entregar
Té o edifício Teu surgir.
As portas do Hades não irão
A Igreja subjugar;
Senhor Jesus, vem logo então
A Igreja edificar.

399 - A RESTAURAÇÃO DO SENHOR (I-1255;CS-525) -

1 Para restaurar a igreja
Vamos, pois, viver;
Uma igreja na cidade,
Para o mundo crer.
Nesta base da unidade
Vamos nos firmar;
Ao Senhor Jesus glorioso
Seu templo edificar.

Vamos restaurar,
Vamos restaurar,
Restaurar a igreja do Senhor!
Vamos restaurar,
Vamos restaurar
A igreja do Senhor.


2 Vamos restaurar a igreja
Da degradação;
Ao exercitar o espír'to,
Clara é a visão.
Já caiu a Babilônia,
Satanás, o mal;
E a igreja é edificada
Na base, que é local.

400 - OS VENCEDORES (I-1270) -

1 Oh! aleluia, quais hebreus
Cruzamos rio e mar;
Em toda nossa história Deus
Nos fez sempre avançar.

Ao Senhor, o louvor!
Nós, hebreus,
Rios cruzamos para a terra
Alcançar e assim
O templo edificar.


2 Noé, em meio à geração
Corrupta, sem temor,
Passou por um dilúvio então -
O mar separador.

O Senhor o salvou
E levou
A uma nova, recobrada
Região, a erigir
Ao seu Deus um altar.


3 E Abraão chamado foi,
O rio atravessou;
Deixando tudo para trás,
Na boa terra entrou.

Lá de Ur dos caldeus,
Pelo rio,
Alcançou a boa terra,
Canaã, e se fez
Um servo de seu Deus.


4 Cativo estava Israel
Nas mãos de Faraó;
Mas Deus Seu povo atendeu,
De lá os libertou.

Pelo mar, fê-los vir,
Os salvou,
E o povo, uma casa
Para Deus construiu,
Na boa terra enfim.


5 No ermo o povo a vagar,
A terra não achou
Té o Jordão atravessar;
Seu ego ali ficou.

E por fim, Canaã!
Foi ali
Que o povo, o Seu templo
Construiu, e com Deus
Puderam habitar.


6 Daí entrou a religião
Que tudo subjugou,
Mas João Batista apareceu
E a tudo sepultou.

Tudo, sim, enterrou,
Sepultou!
Sob o rio Jordão a todos
Sepultou, e assim
Tornaram-se hebreus.


7 Na igreja, mundo e religião
Abandonamos já;
Cruzamos hoje o rio a fim
De Cristo desfrutar.

O Senhor, com amor,
Nos tirou
Da velhice e com Cristo
Fez-nos um, para assim
Um novo homem ser!


8 O mar de vidro, ó Senhor
Fizeste-nos cruzar;
O mundo subjugado está,
Passamos pelo mar.

Ao Senhor, o louvor!
Hoje nós,
Como hebreus, em pé estamos
Sobre o mar, a louvar,
Passamos tudo enfim!